INÁCIO NATIVIDADE – NOTÍCIAS LUSÓFONAS
Se é o Watergate da diplomacia secreta não sei, mas graças ao Site Wileaks tive o prazer de saber o que afinal pensam, a missão diplomática americana em Maputo, dos dirigentes moçambicanos, de Moçambique e do seu estado de direito. Não fosse o site, a diplomacia secreta no mundo continuaria incólume a fazer vitimas, com aliás irá suceder embora com o esgar de hipocrisia diluidos. Nesta coisa de recolha de dados, a transparência e relativizada pela próprio método que no terreno pode ser induzido a erros de interpretação, por as fontes não serem genuinas, serem viciadas ou por estarem contaminadas.
Se a embaixada americana formulou uma acusacão de tamanha magnitude, julguei que fosse por esta se ter empenhado em consolidar a evidência com factos, ou por basear-se em evidências ilustradas com factos, fotografias e depoimentos de fontes fidedignas, mas não foi assim.
É gravíssimo tentar associar o chefe do estado moçambicano, e o seu antecessor Joaquim Chissano ao narcotráfico, como o fazem vários telegramas enviados pela embaixada dos Estados Unidos da América em Maputo para o departamento de estado, que a Wikleaks se propôs publicar e que num deles se pode ler: Moçambique é classificado em 2º lugar, em África, como o “mais activo país para o trânsito de narcóticos”, depois da Guiné-Bissau.
O tráfico é controlado por dois moçambicanos de ascendência asiática, Mohamed Bachir Suleiman (identificado no telegrama como “MBS”) e Ghulam Rassul Moti, com a cumplicidade do actual Presidente, Armando Emílio Guebuza, e do antecessor, Joaquim Chissano, escreve o “Monde”.
“Ghulam Rassul Moti, traficante de haxixe e de heroína no Norte de Moçambique desde, pelo menos, 1993, reduziu consideravelmente o montante dos seus subornos aos funcionários locais para [passar a] pagá-los directamente aos dirigentes da Frelimo”, no poder desde a independência moçambicana em 1975, lê-se no documento.
“MBS contribuiu grandemente para encher os cofres da Frelimo e forneceu um suporte financeiro significativo às campanhas eleitorais” de figuras do partido, acrescenta.
Se o departamento de estado americano num passado recente já tinha levantado o véu em relação a Mohamed Bachir, e das ligacões deste com o narcotráfico, o dado novo a implicar o mais alto dirigente do pais Armando Guebuza, e o seu antecessor Joaquim Chissano, a ex-primeira ministro Luisa Diogo e o marido, o ministro Iyuba Cuereneia e e o director das Alfandegas, Domingos Tivane, além de Celso Correia uma espécie de ponta de lança de Guebuza, em como estejam envolvidos no narcotráfico constituem uma ameaça ao estado de direito moçambicano.
Claro que um telegrama, mesmo que fosse assinado pelo punho do embaixador o que não é o caso, indubitavelmente trata-se-ia de um parecer grave. Em diplomacia secreta não existem amizades e sim interesses, e ao entrarmos nos meandros da espionagem, verificamos que muitos dados podem ser viciados a partida por a fontes não serem honestas.
Ligar o poder politico, juridico e administrativo ao tráfico de droga sem provas constitui um atentado contra a soberania da Nacão moçambicana. Moçambique é um pais de leis, com os tribunais e um pais democrático onde se respeita a separação de poderes. Poderá parecer um paradoxo, o telegrama publicado pela Wikleaks tem origem no jornal Lemonde da França é de autoria de Todd Chapman, encarregado de negócios da embaixada, que ao que parece tinha contas pessoais a ajustar com o governo de Moçambique.
Ele não afirma que o pais é um estado narcotráfico, mas que para lá caminha… Enfim… Existe uma omissão factual no telegrama publicado, com intuitos pouco claros, mas com clara intenção de denegrir Moçambique, seu presidente e o seu estado de direito. Sou moçambicano e africano, e naturalmente este tipo de noticias deixou-me intrigado e mesmo indisposto… afinal eu sou um patriota. Finalmente o que me interessa à opinião de um miserável diplomata, que pelos vistos odeia o governo do meu pais?
Talvez tenha sido por isso que houve um prolongado braço de ferro entre doadores e o governo de Moçambique. Sinceramente a comunidade internacional está farta de abusos de linguagem dos Estados Unidos da América, que sempre querem e lhes apetece como forma de pressão à governos de paisses em desenvolvimento, chamam terrorista e outras coisas mais, por se discordar do ponto de vista deles. Trata-se de uma opinião pessoal de alguém, e nele estão implicitos a opinião fortemente ideologizada e mesmo partidarizada do diplomata neste caso Todd Chapman, na sua tentativa de alterar o curso da política americana para Moçambique.
Por outro lado, os ficheiros revelam assustadores problemas de falta de rigor, ao ponto de, em grande parte deles, se citar uma única fonte, ainda por cima anónima, para consubstanciar acusações muito graves contra figuras que ocupam cargos importantes no país. Não deixa, contudo, de ser curioso o facto de Todd Chapman ter tido uma grande animosidade com o actual Governo, enquanto esteve em missão em Moçambique, que se tornou evidente aquando da polémica decisão da Comissão Nacional de Eleições de excluir o MDM e outros pequenos partidos em muitos círculos eleitorais. Para ele, ao tentar implicar Guebuza, Chissano e o partido Frelimo pressupõe que a lei e a ordem não funcionam no pais, por terem sido corrompidas por estes; numa outra prespectiva não menos dolosa, a asserçao feita pelo telegrama assume que tanto os tribunais, o parlamento, e a Procuradoria da República estão ao seu serviço de Guebuza, e do partido Frelimo, o que não cabe na cabeça de quem quer que seja.
Parece-me a mim que este método de ligação que o senhor Chapman interessa fazer entre o partido Frelimo ao narcotráfico, tende a dar inicio a um processo de esvaziamento de poder, ou partilha de poder ou ainda impor valores e ideias de uma democracia à americana.
Que fique claro para os Estados Unidos da América que apesar das actividades exaustivas dos seus espiões e delatores, nada foi provado da existência de um regime de podridão em Moçambique!... Não sendo a primeira vez que este (approach) é experimentado, foi há cerca de 11 meses o mesmo Mohamed Bachir Suleiman, foi associado pelo departamento de estado americano de ligacões ao narcotráfico e de financiar o partido Frelimo.
Na América depois da guerra fria, a espionagem passou a ser usada preventivamente como valor estratégico em benefício interesses geopoliticos de grande potência que continua na senda da supremacia, usando os meios como a colecta de dados para benefício próprio.
Os Estados Unidos embora sejam uma potência enfraquecida economicamente, reservam-se ao direito de estatuto de grande potência mundial com o direito de de intervir em qualquer parte do mundo, incluindo controlar a rota do Índico, derrubar governos, desde que considere que os seus intereses vitais estejam ameaçados.
Foi com esta permissa que mantiveram o ocidente alienado colado às suas investidas de triste e vergonhosa memória que levaram a invasão do Iraque.
Moçambique devido à forte influência islâmica e dos inúmeros recursos enegéticos que o pais dispõe, está sendo monotorizado, e não é apenas por causa da Al-Qaeda. De lembrar aqui que dado o facto de o canal de Panamá contituir um alto valor estratégico para os Estados Unidos, os americanaos invadiram o Panamá prenderam Manuel Noriega com a alegação de deste estar envolvido no narcotráfico e lavagem de dinheiro.
Passados 17 anos, mais precisamete em 2007, depois deste ter cumprido a pena, e por ainda constituir uma ameaça aos interesses americanos no Canal , o amigo Sarkozy prontificou-se a julgá-lo e extraditá-lo para os calaboiços franceses onde permance preso até hoje.
.
Se é o Watergate da diplomacia secreta não sei, mas graças ao Site Wileaks tive o prazer de saber o que afinal pensam, a missão diplomática americana em Maputo, dos dirigentes moçambicanos, de Moçambique e do seu estado de direito. Não fosse o site, a diplomacia secreta no mundo continuaria incólume a fazer vitimas, com aliás irá suceder embora com o esgar de hipocrisia diluidos. Nesta coisa de recolha de dados, a transparência e relativizada pela próprio método que no terreno pode ser induzido a erros de interpretação, por as fontes não serem genuinas, serem viciadas ou por estarem contaminadas.
Se a embaixada americana formulou uma acusacão de tamanha magnitude, julguei que fosse por esta se ter empenhado em consolidar a evidência com factos, ou por basear-se em evidências ilustradas com factos, fotografias e depoimentos de fontes fidedignas, mas não foi assim.
É gravíssimo tentar associar o chefe do estado moçambicano, e o seu antecessor Joaquim Chissano ao narcotráfico, como o fazem vários telegramas enviados pela embaixada dos Estados Unidos da América em Maputo para o departamento de estado, que a Wikleaks se propôs publicar e que num deles se pode ler: Moçambique é classificado em 2º lugar, em África, como o “mais activo país para o trânsito de narcóticos”, depois da Guiné-Bissau.
O tráfico é controlado por dois moçambicanos de ascendência asiática, Mohamed Bachir Suleiman (identificado no telegrama como “MBS”) e Ghulam Rassul Moti, com a cumplicidade do actual Presidente, Armando Emílio Guebuza, e do antecessor, Joaquim Chissano, escreve o “Monde”.
“Ghulam Rassul Moti, traficante de haxixe e de heroína no Norte de Moçambique desde, pelo menos, 1993, reduziu consideravelmente o montante dos seus subornos aos funcionários locais para [passar a] pagá-los directamente aos dirigentes da Frelimo”, no poder desde a independência moçambicana em 1975, lê-se no documento.
“MBS contribuiu grandemente para encher os cofres da Frelimo e forneceu um suporte financeiro significativo às campanhas eleitorais” de figuras do partido, acrescenta.
Se o departamento de estado americano num passado recente já tinha levantado o véu em relação a Mohamed Bachir, e das ligacões deste com o narcotráfico, o dado novo a implicar o mais alto dirigente do pais Armando Guebuza, e o seu antecessor Joaquim Chissano, a ex-primeira ministro Luisa Diogo e o marido, o ministro Iyuba Cuereneia e e o director das Alfandegas, Domingos Tivane, além de Celso Correia uma espécie de ponta de lança de Guebuza, em como estejam envolvidos no narcotráfico constituem uma ameaça ao estado de direito moçambicano.
Claro que um telegrama, mesmo que fosse assinado pelo punho do embaixador o que não é o caso, indubitavelmente trata-se-ia de um parecer grave. Em diplomacia secreta não existem amizades e sim interesses, e ao entrarmos nos meandros da espionagem, verificamos que muitos dados podem ser viciados a partida por a fontes não serem honestas.
Ligar o poder politico, juridico e administrativo ao tráfico de droga sem provas constitui um atentado contra a soberania da Nacão moçambicana. Moçambique é um pais de leis, com os tribunais e um pais democrático onde se respeita a separação de poderes. Poderá parecer um paradoxo, o telegrama publicado pela Wikleaks tem origem no jornal Lemonde da França é de autoria de Todd Chapman, encarregado de negócios da embaixada, que ao que parece tinha contas pessoais a ajustar com o governo de Moçambique.
Ele não afirma que o pais é um estado narcotráfico, mas que para lá caminha… Enfim… Existe uma omissão factual no telegrama publicado, com intuitos pouco claros, mas com clara intenção de denegrir Moçambique, seu presidente e o seu estado de direito. Sou moçambicano e africano, e naturalmente este tipo de noticias deixou-me intrigado e mesmo indisposto… afinal eu sou um patriota. Finalmente o que me interessa à opinião de um miserável diplomata, que pelos vistos odeia o governo do meu pais?
Talvez tenha sido por isso que houve um prolongado braço de ferro entre doadores e o governo de Moçambique. Sinceramente a comunidade internacional está farta de abusos de linguagem dos Estados Unidos da América, que sempre querem e lhes apetece como forma de pressão à governos de paisses em desenvolvimento, chamam terrorista e outras coisas mais, por se discordar do ponto de vista deles. Trata-se de uma opinião pessoal de alguém, e nele estão implicitos a opinião fortemente ideologizada e mesmo partidarizada do diplomata neste caso Todd Chapman, na sua tentativa de alterar o curso da política americana para Moçambique.
Por outro lado, os ficheiros revelam assustadores problemas de falta de rigor, ao ponto de, em grande parte deles, se citar uma única fonte, ainda por cima anónima, para consubstanciar acusações muito graves contra figuras que ocupam cargos importantes no país. Não deixa, contudo, de ser curioso o facto de Todd Chapman ter tido uma grande animosidade com o actual Governo, enquanto esteve em missão em Moçambique, que se tornou evidente aquando da polémica decisão da Comissão Nacional de Eleições de excluir o MDM e outros pequenos partidos em muitos círculos eleitorais. Para ele, ao tentar implicar Guebuza, Chissano e o partido Frelimo pressupõe que a lei e a ordem não funcionam no pais, por terem sido corrompidas por estes; numa outra prespectiva não menos dolosa, a asserçao feita pelo telegrama assume que tanto os tribunais, o parlamento, e a Procuradoria da República estão ao seu serviço de Guebuza, e do partido Frelimo, o que não cabe na cabeça de quem quer que seja.
Parece-me a mim que este método de ligação que o senhor Chapman interessa fazer entre o partido Frelimo ao narcotráfico, tende a dar inicio a um processo de esvaziamento de poder, ou partilha de poder ou ainda impor valores e ideias de uma democracia à americana.
Que fique claro para os Estados Unidos da América que apesar das actividades exaustivas dos seus espiões e delatores, nada foi provado da existência de um regime de podridão em Moçambique!... Não sendo a primeira vez que este (approach) é experimentado, foi há cerca de 11 meses o mesmo Mohamed Bachir Suleiman, foi associado pelo departamento de estado americano de ligacões ao narcotráfico e de financiar o partido Frelimo.
Na América depois da guerra fria, a espionagem passou a ser usada preventivamente como valor estratégico em benefício interesses geopoliticos de grande potência que continua na senda da supremacia, usando os meios como a colecta de dados para benefício próprio.
Os Estados Unidos embora sejam uma potência enfraquecida economicamente, reservam-se ao direito de estatuto de grande potência mundial com o direito de de intervir em qualquer parte do mundo, incluindo controlar a rota do Índico, derrubar governos, desde que considere que os seus intereses vitais estejam ameaçados.
Foi com esta permissa que mantiveram o ocidente alienado colado às suas investidas de triste e vergonhosa memória que levaram a invasão do Iraque.
Moçambique devido à forte influência islâmica e dos inúmeros recursos enegéticos que o pais dispõe, está sendo monotorizado, e não é apenas por causa da Al-Qaeda. De lembrar aqui que dado o facto de o canal de Panamá contituir um alto valor estratégico para os Estados Unidos, os americanaos invadiram o Panamá prenderam Manuel Noriega com a alegação de deste estar envolvido no narcotráfico e lavagem de dinheiro.
Passados 17 anos, mais precisamete em 2007, depois deste ter cumprido a pena, e por ainda constituir uma ameaça aos interesses americanos no Canal , o amigo Sarkozy prontificou-se a julgá-lo e extraditá-lo para os calaboiços franceses onde permance preso até hoje.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário