EUGÉNIO COSTA ALMEIDA – PERSPECTIVA LUSÓFONA
A Costa do Marfim (ou Cote d’ Ivoire como querem ser reconhecidos internacionalmente) foi a eleições presidenciais no passado mês de Novembro. Entre os candidatos realçavam-se Laurent Gbagbo, presidente em exercício, e Alessane Ouattara, antigo primeiro-ministro, que foram à 2ª volta.
Até aqui nada seria de estranhar nem de realçar. Nada seria se no pós-eleitoral não tivessem ocorrido estranhos acontecimentos com os resultados.
Comissão Eleitoral Independente ivoirense proclamou Ouattara como o vencedor mas o Supremo Tribunal do país anulou e declarou Gbagbo como o presidente (re)eleito. Ora como ambos se arrogam de vencedores e não querem perder esse estatuto, apesar da comunidade internacional reconhecer Ouattara como vencedor, o ainda presidente e seus acólitos não aceitam esta “intervenção” e já exigira que a ONU e as forças militares francesas abandonem o antigo entreposto de escravos.
Pois é aqui que reside o actual problema político da Costa do Marfim que poderá incendiar e avançar com uma crise político-militar na região do Golfo. Não podemos esquecer que foram os militares franceses que ao longo destes últimos anos apoiaram e sustentaram Gbagbo no poder. E não são poucas centenas dos franceses que estão estacionados em território ivoirense.
E aqui é que Angola tem de ter um papel importante na questão política ivoirense. Não podemos esquecer que Luanda é a sede do Conselho para a Cooperação do Golfo e que também teve um papel importante na questão política-militar da Costa do Marfim durante o período conturbado em que os rebeldes, mesmo defrontando as forças francesas, esteve muito perto de Abidjan.
Recorde-se que foi através da intervenção, uma das intervenções, do já falecido embaixador Carlos Belli-Bello que Luanda conseguiu que as duas forças calassem as armas e se sentassem para discutir o problema como um simples caso político. E isso, sabe-se, foi conseguido durante quase cinco anos!
Pois agora também Luanda, como sede, e Miguel Trovoada, como presidente da organização, devem – têm – de intervir a fim de evitar que o Golfo, já ferido da pirataria na região do delta do Níger, se torne numa região periclitante e perigosa para a estabilidade da região, facto que já tem reflexos na vida económica no corredor Abidjam-Bamako!
É certo que a União Africana já nomeou Thabo Mbeki como seu representante e mediador do conflito. Mas também sabemos que o ex-presidente sul-africano não é, propriamente, reconhecido como um bom mediador como se viu na questão do Zimbabué e mais remotamente na Crise dos Grandes Lagos que teve de ser substituído por Mandela.
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A Costa do Marfim (ou Cote d’ Ivoire como querem ser reconhecidos internacionalmente) foi a eleições presidenciais no passado mês de Novembro. Entre os candidatos realçavam-se Laurent Gbagbo, presidente em exercício, e Alessane Ouattara, antigo primeiro-ministro, que foram à 2ª volta.
Até aqui nada seria de estranhar nem de realçar. Nada seria se no pós-eleitoral não tivessem ocorrido estranhos acontecimentos com os resultados.
Comissão Eleitoral Independente ivoirense proclamou Ouattara como o vencedor mas o Supremo Tribunal do país anulou e declarou Gbagbo como o presidente (re)eleito. Ora como ambos se arrogam de vencedores e não querem perder esse estatuto, apesar da comunidade internacional reconhecer Ouattara como vencedor, o ainda presidente e seus acólitos não aceitam esta “intervenção” e já exigira que a ONU e as forças militares francesas abandonem o antigo entreposto de escravos.
Pois é aqui que reside o actual problema político da Costa do Marfim que poderá incendiar e avançar com uma crise político-militar na região do Golfo. Não podemos esquecer que foram os militares franceses que ao longo destes últimos anos apoiaram e sustentaram Gbagbo no poder. E não são poucas centenas dos franceses que estão estacionados em território ivoirense.
E aqui é que Angola tem de ter um papel importante na questão política ivoirense. Não podemos esquecer que Luanda é a sede do Conselho para a Cooperação do Golfo e que também teve um papel importante na questão política-militar da Costa do Marfim durante o período conturbado em que os rebeldes, mesmo defrontando as forças francesas, esteve muito perto de Abidjan.
Recorde-se que foi através da intervenção, uma das intervenções, do já falecido embaixador Carlos Belli-Bello que Luanda conseguiu que as duas forças calassem as armas e se sentassem para discutir o problema como um simples caso político. E isso, sabe-se, foi conseguido durante quase cinco anos!
Pois agora também Luanda, como sede, e Miguel Trovoada, como presidente da organização, devem – têm – de intervir a fim de evitar que o Golfo, já ferido da pirataria na região do delta do Níger, se torne numa região periclitante e perigosa para a estabilidade da região, facto que já tem reflexos na vida económica no corredor Abidjam-Bamako!
É certo que a União Africana já nomeou Thabo Mbeki como seu representante e mediador do conflito. Mas também sabemos que o ex-presidente sul-africano não é, propriamente, reconhecido como um bom mediador como se viu na questão do Zimbabué e mais remotamente na Crise dos Grandes Lagos que teve de ser substituído por Mandela.
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