FPG – LUSA
Caracas, 14 jan (Lusa) - O presidente Hugo Chávez irá no sábado à nova Assembleia Nacional (parlamento) apresentar o relatório anual sobre a sua gestão em 2010, um ano marcado por várias crises políticas e económicas.
Ao contrário do anterior período legislativo, inicialmente composto apenas por forças que apoiavam o seu governo, Chávez encontrará agora um parlamento diferente, com uma oposição que assumiu funções a 05 de janeiro e controla 65 dos 167 lugares.
Chávez irá prestar contas sobre um ano de polarização política, de uma crise elétrica e económica, de expropriações, de denúncias de corrupção e da perda de milhares de toneladas de alimentos em organismos estatais.
A visita tem lugar num momento em que empresários, religiosos e opositores questionam a aprovação pelo anterior parlamento, em dezembro, de uma Lei Habilitante, que concede poderes especiais ao chefe de Estado para legislar por decreto nos próximos 18 meses.
Embora o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, chavista) tenha obtido 98 dos 167 deputados, a oposição afirma ser maioria, visto que obteve 52 por cento do total de votos a nível nacional. No entanto, a oposição foi penalizada na distribuição de mandatos pela nova lei de distritos eleitorais.
Juan Carlos Caldera, do partido Primeiro Justiça (PJ), diz que a oposição quer um debate sobre os problemas do país.
"Abre-se uma etapa de trabalho e de construção da nova Venezuela. O PJ apresentará leis por iniciativa popular centradas em temas sociais como o emprego, a insegurança, a habitação, a saúde e o progresso", explicou Caldera, vincando que a oposição sairá às ruas para debater o "pacote das [últimas] 25 leis comunistas" que o anterior parlamento aprovou em menos de um mês.
Por sua vez, os socialistas instaram os seus militantes a acompanhar o Presidente na sua visita ao parlamento. O PSUV considera que a oposição tencionava sabotar o ato e que, em resposta, os chavistas deveriam demonstrar apoio ao Chefe de Estado sem cair em provocações.
"A oposição venezuelana apresentou-se tal como é, tanto na Assembleia Nacional, como no Parlamento Latino-americano. Não se pode insultar nem cair no jogo da violência da oposição, devemos fazer política à altura do que pediu o comandante [Hugo] Chávez", disse a deputada e dirigente do PSUV, Ana Elisa Osório.
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
Caracas, 14 jan (Lusa) - O presidente Hugo Chávez irá no sábado à nova Assembleia Nacional (parlamento) apresentar o relatório anual sobre a sua gestão em 2010, um ano marcado por várias crises políticas e económicas.
Ao contrário do anterior período legislativo, inicialmente composto apenas por forças que apoiavam o seu governo, Chávez encontrará agora um parlamento diferente, com uma oposição que assumiu funções a 05 de janeiro e controla 65 dos 167 lugares.
Chávez irá prestar contas sobre um ano de polarização política, de uma crise elétrica e económica, de expropriações, de denúncias de corrupção e da perda de milhares de toneladas de alimentos em organismos estatais.
A visita tem lugar num momento em que empresários, religiosos e opositores questionam a aprovação pelo anterior parlamento, em dezembro, de uma Lei Habilitante, que concede poderes especiais ao chefe de Estado para legislar por decreto nos próximos 18 meses.
Embora o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, chavista) tenha obtido 98 dos 167 deputados, a oposição afirma ser maioria, visto que obteve 52 por cento do total de votos a nível nacional. No entanto, a oposição foi penalizada na distribuição de mandatos pela nova lei de distritos eleitorais.
Juan Carlos Caldera, do partido Primeiro Justiça (PJ), diz que a oposição quer um debate sobre os problemas do país.
"Abre-se uma etapa de trabalho e de construção da nova Venezuela. O PJ apresentará leis por iniciativa popular centradas em temas sociais como o emprego, a insegurança, a habitação, a saúde e o progresso", explicou Caldera, vincando que a oposição sairá às ruas para debater o "pacote das [últimas] 25 leis comunistas" que o anterior parlamento aprovou em menos de um mês.
Por sua vez, os socialistas instaram os seus militantes a acompanhar o Presidente na sua visita ao parlamento. O PSUV considera que a oposição tencionava sabotar o ato e que, em resposta, os chavistas deveriam demonstrar apoio ao Chefe de Estado sem cair em provocações.
"A oposição venezuelana apresentou-se tal como é, tanto na Assembleia Nacional, como no Parlamento Latino-americano. Não se pode insultar nem cair no jogo da violência da oposição, devemos fazer política à altura do que pediu o comandante [Hugo] Chávez", disse a deputada e dirigente do PSUV, Ana Elisa Osório.
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
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