CORREIO DO BRASIL, com agências - de Cartum – 11 janeiro 2011
Pelo menos 23 pessoas morreram em confrontos com árabes nômades, na disputada região de Abyei, próxima à fronteira entre o norte e o sul do Sudão, disseram líderes nesta segunda-feira, segundo dia do referendo sobre a independência do sul.
Analistas citam Abyei como o local mais provável de episódios violentos entre o norte e o sul durante e depois da votação, o clímax de um complicado acordo de paz que acabou com décadas de guerra civil.
O sul deve se separar do norte, predominantemente muçulmano, deixando Cartum, a capital do país, sem a maioria de suas reservas de petróleo.
Moradores da região central de Abyei receberam a promessa de um referendo próprio para decidir se ficariam com o norte ou com o sul, mas líderes não chegaram a um acordo sobre como fazer o pleito. E a votação que, inicialmente estava prevista para 9 de janeiro, não aconteceu.
Líderes da tribo Dinka Ngok, de Abyei, ligados ao sul, acusaram Cartum de armar milícias árabes da região em confrontos na sexta-feira, no sábado e no domingo, e disseram esperar mais ataques nos próximos dias.
Obama elogiou o 1º dia de referendo
O presidente americano, Barack Obama, havia elogiado neste domingo o primeiro dia de votação, que ocorrera sem grandes problemas.
Ele afirmou que o processo é “um passo histórico em direção à implementação do acordo de paz”.
Obama disse ainda que os EUA estão totalmente comprometidos em ajudar o possível novo Estado africano.
O Departamento de Estado divulgou uma nota elogiando o presidente sudanês, Omar al-Bashir, por seu compromisso em aceitar o resultado do referendo.
As informações são de que houve um grande comparecimento às urnas no sul do país.
Momento emocionante
Um dos primeiros a votar foi o líder sul-sudanês Salva Kir.
“Este é um momento histórico, aguardado pelo povo do sul do Sudão”, afirmou, em meio às comemorações.
Para muitos, o voto foi um momento emocionante.
“Meu voto é pela minha mãe e pelo meu pai, meus irmãos e irmãs assassinados na guerra”, afirmou Abraham Parnyang pouco antes de votar em Juba, a capital sulista.
“Também voto pelos meus futuros filhos, se Deus quiser, para que possam crescer em um Sudão do Sul que seja livre e pacífico.”
Os líderes do norte do país, de maioria muçulmana, prometeram respeitar o resultado do referendo, que pode criar um país de maioria cristã ou de religiões tradicionais.
No entanto, no sábado, o presidente Omar al-Bashir advertiu sobre o risco de instabilidade no “novo” país.
‘Árabes vão embora’
O eleitor Mawien Mabut, um soldado, afirmou ter visto “a guerra por dentro” e disse que é preciso “parar a guerra agora”.
Ele acrescentou ainda estar feliz “porque os árabes vão embora”.
O sul do Sudão tem altos níveis de analfabetismo, por isso, as cédulas eleitorais apresentam a escolha entre dois símbolos: uma mão para a independência e duas mãos dadas pela manutenção do Sudão unificado.
No sábado, o líder Kir disse que o referendo “não marca o fim da jornada, mas sim o início de uma nova”.
Em discurso ao lado do senador americano John Kerry, que participou de reuniões com ambos os lados para evitar problemas no processo eleitoral, Kir pediu “paciência” aos eleitores, caso não conseguissem votar logo no primeiro dia.
.
Pelo menos 23 pessoas morreram em confrontos com árabes nômades, na disputada região de Abyei, próxima à fronteira entre o norte e o sul do Sudão, disseram líderes nesta segunda-feira, segundo dia do referendo sobre a independência do sul.
Analistas citam Abyei como o local mais provável de episódios violentos entre o norte e o sul durante e depois da votação, o clímax de um complicado acordo de paz que acabou com décadas de guerra civil.
O sul deve se separar do norte, predominantemente muçulmano, deixando Cartum, a capital do país, sem a maioria de suas reservas de petróleo.
Moradores da região central de Abyei receberam a promessa de um referendo próprio para decidir se ficariam com o norte ou com o sul, mas líderes não chegaram a um acordo sobre como fazer o pleito. E a votação que, inicialmente estava prevista para 9 de janeiro, não aconteceu.
Líderes da tribo Dinka Ngok, de Abyei, ligados ao sul, acusaram Cartum de armar milícias árabes da região em confrontos na sexta-feira, no sábado e no domingo, e disseram esperar mais ataques nos próximos dias.
Obama elogiou o 1º dia de referendo
O presidente americano, Barack Obama, havia elogiado neste domingo o primeiro dia de votação, que ocorrera sem grandes problemas.
Ele afirmou que o processo é “um passo histórico em direção à implementação do acordo de paz”.
Obama disse ainda que os EUA estão totalmente comprometidos em ajudar o possível novo Estado africano.
O Departamento de Estado divulgou uma nota elogiando o presidente sudanês, Omar al-Bashir, por seu compromisso em aceitar o resultado do referendo.
As informações são de que houve um grande comparecimento às urnas no sul do país.
Momento emocionante
Um dos primeiros a votar foi o líder sul-sudanês Salva Kir.
“Este é um momento histórico, aguardado pelo povo do sul do Sudão”, afirmou, em meio às comemorações.
Para muitos, o voto foi um momento emocionante.
“Meu voto é pela minha mãe e pelo meu pai, meus irmãos e irmãs assassinados na guerra”, afirmou Abraham Parnyang pouco antes de votar em Juba, a capital sulista.
“Também voto pelos meus futuros filhos, se Deus quiser, para que possam crescer em um Sudão do Sul que seja livre e pacífico.”
Os líderes do norte do país, de maioria muçulmana, prometeram respeitar o resultado do referendo, que pode criar um país de maioria cristã ou de religiões tradicionais.
No entanto, no sábado, o presidente Omar al-Bashir advertiu sobre o risco de instabilidade no “novo” país.
‘Árabes vão embora’
O eleitor Mawien Mabut, um soldado, afirmou ter visto “a guerra por dentro” e disse que é preciso “parar a guerra agora”.
Ele acrescentou ainda estar feliz “porque os árabes vão embora”.
O sul do Sudão tem altos níveis de analfabetismo, por isso, as cédulas eleitorais apresentam a escolha entre dois símbolos: uma mão para a independência e duas mãos dadas pela manutenção do Sudão unificado.
No sábado, o líder Kir disse que o referendo “não marca o fim da jornada, mas sim o início de uma nova”.
Em discurso ao lado do senador americano John Kerry, que participou de reuniões com ambos os lados para evitar problemas no processo eleitoral, Kir pediu “paciência” aos eleitores, caso não conseguissem votar logo no primeiro dia.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário