EXPRESSO – LUSA 12 fevereiro 2011
Vários manifestantes que foram detidos hoje em Argel continuam retidos nas esquadras da polícia da cidade, denunciou hoje a Liga Argelina para a Defesa dos Direitos do Homem.
Em comunicado, a organização afirma que "centenas de cidadão foram hoje presos, vários ainda se encontram detidos nas esquadras" da capital, dos quais 23 em Cavaignac (centro de Argel) e cinco em Riad el Fath, perto do Monumento dos Mártires.
A Liga acrescenta ainda que o poder começou o dia "com a detenção ilegal de cidadãos que se encontravam no ponto de encontro da marcha" e que as primeiras detenções foram detetadas em Argel, e que a primeira pessoa detida foi Yacine Zaid, que faz parte da organização, interpelada às 9h pela polícia no local de onde deveria partir a marcha.
400 detidos
Cerca de 400 pessoas foram detidas hoje pela polícia de Argel quando milhares de manifestantes tentavam realizar uma marcha de protesto que foi impedida pela polícia, segundo um ativista dos direitos humanos e vários jornalistas no local.
Ali Yahia Abdenour, chefe da Liga Argelina de Defesa dos Direitos Humanos, disse que pelo menos 400 pessoas foram detidas, entre as quais mulheres e jornalistas.
Polícia impediu marcha
Segundo Abdenour, cerca de 28.000 polícias foram destacados para as ruas da capital. A organização que convocou a marcha disse que 10.000 pessoas se concentraram na Praça 1.º de Maio, mas a polícia assegurou que os manifestantes não ultrapassavam os 1.500.
Os manifestantes foram cercados pela polícia, que os impediu de sair da praça em desfile até à Praça dos Mártires, um percurso de menos de quatro quilómetros bloqueado desde sexta-feira por dezenas de veículos blindados da polícia.
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