ANGOLA PRESS
Luanda - As repúblicas de Angola e Popular da China projectam em 2011 consolidar e reforçar a cooperação nos domínios financeiro, telecomunicações e em particular no sector da construção civil, com vista a expansão do programa de reconstrução nacional, fez saber o embaixador angolano na China, João Manuel Bernardo.
O diplomata prestou essas declarações à Angop, à margem do IV Conselho Consultivo Alargado do Ministério das Relações Exteriores (Mirex), que decorre até esta quarta-feira no Centro de Conferências de Belas, em Luanda.
João Manuel Bernardo referiu que “enquanto o Executivo angolano continuar fortemente engajado no grande projecto de reconstrução de Angola, a parceria entre os dois países vai continuar”.
Segundo o diplomata, no quadro do reforço da cooperação bilateral, o Banco de Desenvolvimento da China emprestará, a curto prazo, ao Estado angolano dois biliões e 500 milhões de dólares norte-americanos, para o sector agrário, reabilitação de infra-estruturas rodoviárias, pontes e construção de casas sociais.
“A cooperação na área da construção civil existe desde 2004, altura em que assinamos os documentos para uma maior presença e participação da República Popular da China em Angola, para contribuir nos grandes projectos de reconstrução nacional e de edificação de novas centralidades”, realçou.
De acordo com João Bernardo, a China “estendeu as suas mãos” a Angola, sem impor condições muito difíceis, como fizeram outros países, considerando os resultados de sete anos de cooperação bilateral de positivos e de que valeu a aproximação com este país do Oriente.
Além do ramo da construção civil, o diplomata indicou que os dois países tencionam igualmente manter e expandir a cooperação bilateral nos sectores das telecomunicações, reabilitação dos caminhos de ferro, bem como na construção de portos e aeroportos.
Angola e a China estabeleceram relações diplomáticas em 1983 e desde aquela data a cooperação bilateral aumentou, sobretudo após a guerra civil no território angolano, superando a África do Sul, tornando-se no maior parceiro comercial da China.
O IV Conselho Consultivo Alargado visa, entre outros fins, a modernização do Mirex, de modo a torná-lo mais efectivo no ponto de vista de organização e procedimentos administrativos, assim como transformá-lo numa máquina mais produtiva no exercício das suas funções de coordenador e executor da política externa.
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