JOSÉ BELMIRO e SÉRGIO BANZE – O PAÍS (moçambique) – 04 fevereiro 2011
Samora Machel Jr., filho do homenageado, optou por descrever o pai como um bom pai de família, um presidente que, acima de tudo, gostava de ouvir e detestava ser rodeado por bajuladores ou pessoas que preferiam dizer que tudo estava bem com receio de ofender o chefe
O país esteve ontem literalmente parado para testemunhar o lançamento do Ano Samora Machel, cujas cerimónias centrais foram presididas pelo Presidente da República, Armando Guebuza.
As mesmas tiveram lugar na província de Gaza, mais concretamente na cidade de Xai-Xai, onde o estadista moçambicano descerrou a primeira estátua - de um número de 11 a serem erguidas em todas as capitais provinciais - comemorativa dos 25 anos após a morte do fundador da nação moçambicana.
Para além do Presidente Guebuza, tomaram parte no evento membros do Governo Central, figuras ligadas ao mundo empresarial, membros do corpo diplomático acreditado em Moçambique, membros seniores do partido Frelimo e de alguns partidos políticos da oposição e uma moldura humana que acorreu à cerimónia.
O evento iniciou por volta das 09h00, com o Presidente da República a proceder ao descerramento da estátua erguida em homenagem a Samora Machel. De seguida, Armando Guebuza visitou a exposição fotográfica contendo imagens de Samora Machel desde os treinos militares, actividades políticas, produtivas, entre outras.
Uma hora mais tarde, as atenções viravam-se para a praça onde teve lugar o comício popular orientado pelo Chefe do Estado. O discurso de Guebuza à nação, a partir de Xai-Xai, foi antecedido por vários discursos, com especial enfoque para o discurso emotivo de Samora Machel Jr., filho de Samora Machel, que descreveu o pai como tendo sido um bom pai de família, que sempre lhes ensinou a respeitar as pessoas e nunca usar o estatuto de filhos do presidente para ofender a quem quer quem fosse; um presidente que, acima de tudo, gostava de ouvir e que detestava ser rodeado por bajuladores ou de pessoas que preferiam dizer que tudo estava bem com receio de ofender o chefe.
Representante da oposição Nota de relevo no que tange aos discursos vai também para o facto de o protocolo do Estado ter convidado Ya-qub Sibindy, presidente da chamada Oposição Construtiva, a proferir o seu discurso em nome dos partidos políticos da oposição enquanto, no evento, estava presente um membro de um partido com representação no Parlamento. Trata-se de Geraldo Carvalho, deputado da Assembleia da República pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM) e representante deste partido naquele evento.
O facto suscitou curiosidades, pois um líder de um partido sem representação parlamentar falava em nome de partidos políticos da oposição, incluindo aqueles que representam, de facto, os anseios dos eleitores no Parlamento.
O Presidente da República, Armando Guebuza, foi o último a intervir e na parte final do seu discurso disse o que passamos a citar: “Temos a honra de declarar oficialmente lançado o Ano Samora Machel”. Paralelamente às cerimónias centrais, este acto foi replicado em todas as capitais provinciais e nos 128 distritos do país.
Samora Machel Jr., filho do homenageado, optou por descrever o pai como um bom pai de família, um presidente que, acima de tudo, gostava de ouvir e detestava ser rodeado por bajuladores ou pessoas que preferiam dizer que tudo estava bem com receio de ofender o chefe
O país esteve ontem literalmente parado para testemunhar o lançamento do Ano Samora Machel, cujas cerimónias centrais foram presididas pelo Presidente da República, Armando Guebuza.
As mesmas tiveram lugar na província de Gaza, mais concretamente na cidade de Xai-Xai, onde o estadista moçambicano descerrou a primeira estátua - de um número de 11 a serem erguidas em todas as capitais provinciais - comemorativa dos 25 anos após a morte do fundador da nação moçambicana.
Para além do Presidente Guebuza, tomaram parte no evento membros do Governo Central, figuras ligadas ao mundo empresarial, membros do corpo diplomático acreditado em Moçambique, membros seniores do partido Frelimo e de alguns partidos políticos da oposição e uma moldura humana que acorreu à cerimónia.
O evento iniciou por volta das 09h00, com o Presidente da República a proceder ao descerramento da estátua erguida em homenagem a Samora Machel. De seguida, Armando Guebuza visitou a exposição fotográfica contendo imagens de Samora Machel desde os treinos militares, actividades políticas, produtivas, entre outras.
Uma hora mais tarde, as atenções viravam-se para a praça onde teve lugar o comício popular orientado pelo Chefe do Estado. O discurso de Guebuza à nação, a partir de Xai-Xai, foi antecedido por vários discursos, com especial enfoque para o discurso emotivo de Samora Machel Jr., filho de Samora Machel, que descreveu o pai como tendo sido um bom pai de família, que sempre lhes ensinou a respeitar as pessoas e nunca usar o estatuto de filhos do presidente para ofender a quem quer quem fosse; um presidente que, acima de tudo, gostava de ouvir e que detestava ser rodeado por bajuladores ou de pessoas que preferiam dizer que tudo estava bem com receio de ofender o chefe.
Representante da oposição Nota de relevo no que tange aos discursos vai também para o facto de o protocolo do Estado ter convidado Ya-qub Sibindy, presidente da chamada Oposição Construtiva, a proferir o seu discurso em nome dos partidos políticos da oposição enquanto, no evento, estava presente um membro de um partido com representação no Parlamento. Trata-se de Geraldo Carvalho, deputado da Assembleia da República pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM) e representante deste partido naquele evento.
O facto suscitou curiosidades, pois um líder de um partido sem representação parlamentar falava em nome de partidos políticos da oposição, incluindo aqueles que representam, de facto, os anseios dos eleitores no Parlamento.
O Presidente da República, Armando Guebuza, foi o último a intervir e na parte final do seu discurso disse o que passamos a citar: “Temos a honra de declarar oficialmente lançado o Ano Samora Machel”. Paralelamente às cerimónias centrais, este acto foi replicado em todas as capitais provinciais e nos 128 distritos do país.
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"Samora Machel foi barbaramente assassinado pelo Apartheid"
O PAÍS (moçambique) – 04 fevereiro 2011
Foi porque respondeu ao chamamento da pátria, valorizando-se a si próprio e procurando, na auto-estima, a fonte de inspiração, de força, e a construção dum mundo melhor para si e para o seu povo
Intervindo no comício popular que ontem orientou em Xai-Xai, o Presidente da República, Armando Guebuza, afirmou numa passagem do seu discurso que “Samora Machel foi barbaramente assassinado pelo regime do Apartheid, nas colinas de Mbuzini, em território sul-africano”. Na verdade, não se trata de uma tese nova. No entanto, não deixa de ser curioso o Presidente da República continuar a reiterar e tomar esta tese como uma verdade acabada, na medida em que o mesmo encarregou o procurador-geral da República, Augusto Paulino, de dar continuidade às investigações sobre as reais causas que ditaram a morte de Machel, a 19 de Outubro de 1986. Ou seja, se é um facto que Samora foi morto pelo Apartheid, não faz sentido mandar investigar, sendo, sim, necessário que o Estado moçambicano desencadeie mecanismos legais e diplomáticos junto do governo sul-africano ou das Nações Unidas com vista a prender, julgar e punir severamente os responsáveis por este acto hediondo.
Refira-se que, logo após a morte de Samora Machel, Armando Guebuza foi a pessoa que chefiou a comissão de inquérito sobre as causas do despenhamento do Tupolev que acabou vitimando Machel e sua delegação. E os resultados desta comissão nunca foram de domínio público.
"Samora não seguiu o pré-destino"
No entanto, não deixa de ser verdade que o discurso lido por Armando Guebuza, ontem, tenha sido um dos mais bem elaborados e, por isso, mais emocionantes. Guebuza falou de um Machel que se recusou a que a sua biografia seguisse o curso que lhe fora pré-destinado, na medida em que, se tal tivesse acontecido, “ele teria nascido, vivido e morrido sem registo para posteridade, senão, talvez, na memória dos seus entes queridos, amigos (...) tudo estava traçado para frustrar o seu avanço. Todavia, Samora Machel contrariou, já naquela época, o roteiro que a implacabilidade da opressão e humilhação colonial impunham a todo o jovem africano com ambição. Pela sua tenacidade e sentido de propósito, desafiou não só o sistema de administração estrangeira, como também, e acima de tudo, o destino. Formando-se, ele, afirmou, da forma mais enfática possível, que ele não seria vítima do destino, mas, sim, dono da sua própria biografia, obreiro da sua trajectória de vida e narrador principal da sua história de vida”, disse Guebuza.
Numa nota de fecho, Guebuza disse que “Samora foi o líder que foi porque não deixou o seu talento e o seu potencial morrerem nas mãos da adversidade colonial; porque não deixou que as circunstâncias fossem donas do seu destino; porque respondeu ao chamamento da pátria, valorizando-se a si próprio e procurando, na auto-estima, a fonte de inspiração e de força, e a construção dum mundo melhor para si e para o seu povo”
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3 comentários:
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