MARTINHO JÚNIOR
Os observadores Internacionais em relação à Região muito sensitiva do Cáucaso levam em especial consideração dois factores de análise, em comum:
- Os interesses geo estratégicos da Rússia face a outros interesses geo estratégicos, nomeadamente os dos Estados Unidos e os dos fundamentalistas Islâmicos, com praça forte na Chechenya e disseminados por quase toda a Região, onde foram instalando bases e influências nas periferias do sistema político-administrativo dos Estados com presença Caucasiana.
- Os interesses “vitais” sobre a exploração do petróleo a Norte do Iraque e do Irão, em especial no Mar Cáspio, bem como suas linhas de transporte para Oeste em direcção ao Mar Negro e ao Mediterrâneo, tendo em conta os centros consumidores a que eles se destinam no Ocidente, bem como os aspectos de segurança para oleodutos, seus terminais e navegação marítima concomitante.
Em qualquer dos casos os observadores vão assumindo posição conforme o seu “alinhamento”, havendo a notar, em relação ao primeiro, à medida que , com o uso da “globalização” se alastram os interesses estratégicos propagados a partir da Potência Hegemónica e seus aliados, no que diz respeito às fontes alternativas do petróleo na Região:
- A valorização das possibilidades do alargamento da OTAN ao Leste Europeu (Roménia e Bulgária), tendo como horizonte a longo prazo a inclusão de Países do Cáucaso (Geórgia e Azerbeijão), procurando flanquear a Rússia a Sul .
- A valorização do papel da Turquia como elemento propulsor da expansão da OTAN a Leste, tirando partido da sua posição geo estratégica de domínio para a saída do petróleo proveniente do Mar Cáspio, em direcção ao Ocidente, consubstanciada no plano do oleaduto Baku (Azerbeijão, no Mar Cáspio) – Tbilissi (Geórgia) – Ceyhan (Turquia, perto da cidade de Adana, no Mediterrâneo).
- A valorização do entendimento Turquia – Jordânia – Israel em reforço do plano Sudeste da OTAN, consolidando interesses no sector do petróleo, mas sobretudo criando condições para um mais racional (e decisivo), aproveitamento da água numa vasta extensão do Médio Oriente, a começar nos Países do Leste do Mediterrâneo a Sul da Turquia.
Nesse sentido, Instituições como a muito conservadora “The Jamestown Foundation” e o “Institute for Advanced Strategic & Political Studies” (“IASPS”), simultaneamente representada em Washington e Jerusalém, têm servido de “catalizadores” entre os “think tanks” Ocidentais, dando cobertura às estratégias concertadas pela via dos Estados Unidos na Região, aparentemente sincronizadas com a distante orientação de personalidades que actuam por dentro da Administração de George Bush, destacando-se entre elas dois homens da mesma geração e “curriculuns” muito próximos: Dick Cheney, oriundo do Nebraska e o Texano James Baker.
É frequente encontrar na “The Jamestown Foundation” um “analista” bem informado sobre os assuntos da Região, como Vladimir Socor, que propositadamente altera os cenários dos relacionamentos entre o Estado Russo e os terroristas Chechenos, que são um prolongamento na Região dos mesmos interesses fundamentalistas Islâmicos que regem a “Al Qaeda”, por conveniência dos interesses identificados com os Estados Unidos, particularmente os interesses ligados às estratégias “globais” do petróleo, apesar do 11 de Setembro.
Muitas dessas “alterações”, valorizando o poder duma Rússia que é muitas vezes identificada como “o velho urso” e subavaliando, ou mesmo esquecendo, a capacidade da rebelião Islâmica Chechena, enquanto prolongamento fundamentalista Islâmico, (que tal como a “Al Qaeda” é pródiga em atentados de natureza terrorista), tem-se vindo a verificar em relação muito especialmente à Geórgia afectada pela subversão na Abkhazia e Ossétia do Sul e onde uma parte importante dos efectivos fundamentalistas possuem suas bases (Pankisi Gorge , no Nordeste de Geórgia e junto à fronteira com a Chechenya).
O “IASPS” por seu turno tem feito uma antecipação prospectiva dos cenários geo estratégicos , levando em consideração a correlação de forças entre a Rússia e seus aliados e a OTAN, quase sempre sem se referir sequer à presença dos fundamentalistas Islâmicos.
A 30 de Setembro de 1999 o seu estrategista Paul Michael Wihbey fez o inventário dessa correlação na Ásia Central e no Cáucaso:
“Recentemente, a 25 de Agosto, Yeltsin e o líder Chinês Jiang Zenin com os líderes do Kirgistão, Kazaquistão e Tadjiquistão, assinaram a declaração de Bishkek que conforma alguns conceitos básicos dum novo alinhamento Russo-Chinês, que inclui a cooperação em matéria de segurança, controlo de fronteiras e a afirmação de princípios de não-intervenção, em função do respeito pelas respectivas soberanias Nacionais”.
Com essa cobertura e segundo o estrategista, a Rússia e a China teriam feito significativos progressos em vários domínios, incluindo : “compatibilidade nos sistemas de armamento, inter conexões de inteligência, incremento dos laços económicos, transferências tecnológicas e venda de armas que podiam incluir os mísseis anti navio supersónicos Russos SSN – 22, o avião de combate SU – 30 e os submarinos nucleares balísticos Tufão”.
Em relação ao Cáucaso, Wihbey realçava os conflitos existentes, todos eles com transposição de fronteiras: os Estados Unidos (multi nacional), contra o Iraque, a Arménia, contra o Azerbeijão, os Curdos contra a Turquia, os Chechenos contra os Russos, a Abkhazia contra a Geórgia e a oposição Iraquiana contra o então regime de Saddam Hussein, para além das tensões latentes entre a Turquia e a Síria, a Turquia e o Irão e o Azerbeijão e o Irão.
Essa situação ganhava contornos mais fortes por causa cada vez mais do petróleo no Norte do Iraque e no Mar Cáspio, tornando muito críticos os projectos dos oleodutos Baku (na Azerbeijão) – Ceyhan (na Turquia Mediterrânea) e Baku – Supsa (Geórgia, junto a Batumi, na costa do Mar Negro), o que valorizava sobremodo a posição geo estratégica da Geórgia apesar da presença de tropas Russas na Região (incluindo no território da Geórgia e da Arménia, devido ao problema da Chechenya e às tentativas de desintegração dos dois Países).
Wihbey fez um inventário a fim de chegar à conclusão de que a Turquia tinha um papel primordial nos interesses Ocidentais na Região, particularmente na direcção do Cáucaso, devido às características dos factores energéticos e podia tirar partido, com apoio dos Estados Unidos e da OTAN, do “Conselho de Cooperação do Sul do Caúcaso”, promovendo a integridade de Países como a Geórgia, a Arménia e o Azerbeijão.
A 4 e 5 de Fevereiro de 2000 o “Daily News” da Turquia resumiu em dois artigos o inventário, as conclusões e as linhas de desenvolvimento estratégico de acordo com os estudos de Paul Michael Wihbey, evidenciando sobremodo as vantagens do projecto de oleaduto Baku – Ceyhan.
Em reforço do papel da Turquia os estrategistas do “IASPS” realizaram em Israel uma Conferência subordinada ao tema “A crise da água é a base para uma aliança Regional” com participantes de alto nível da Turquia e Israel e com a presença do Embaixador da Geórgia em Jerusalém, em que concomitantemente foram analisadas as rotas dos oleodutos passando por território Turco, em alternativa aos já existentes, que atravessavam território Russo.
A 17 de Julho de 2001 o “Daily News” da Turquia evidenciava que “uma aliança estratégica na Ásia Central criava um novo foco de poder na Eurásia”.
O artigo era do articulista Turco Yasemin Dobra – Manco:
“Com a recente emergência do Pacto de Shangai composto pela China, a Rússia e quatro Nações da Ásia Central, uma nova organização Regional multilateral contrapõe performances sem precedentes ao avanço dos modelos pró Ocidentais e nas relações com a Eurásia. A nova aliança impõe-se a promover o comércio e o investimento, combater o terrorismo Islâmico, o separatismo e o extremismo, salvaguardando a segurança Regional.
A lacuna de políticas Ocidentais na Ásia Central facilitou a construção desse bloco económico e de segurança que se espera vir a crescer (com a possível integração da Mongólia, o Paquistão, ou a Índia.
A organização formalmente considerada como os Cinco de Shangai, inclui o Kazaquistão, o Kirguistão, o Tajiquistão, a Rússia e a China, tendo mudado o nome para Organização de Cooperação de Shangai em Junho, quando o Uzbequistão se tornou membro.
Analistas Ocidentais avaliam que essa Organização pode obstruir a influência Turca, Americana e a Ocidental na Região. O grupo produziu já um acordo, opondo-se aos planos Americano da criação dum sistema de defesa com mísseis”.
Essa evolução implicava necessariamente, por parte da Rússia e seus aliados, um reforço da sua presença no Cáucaso e tornava muito sensível a exploração do petróleo e de suas linhas de transporte do Mar Cáspio para Ocidente, com reflexos dentro da própria Rússia (incluindo sobre a sua petroleira principal, a “Yukos”) e nos Países Caucasianos a Sul de suas fronteiras (a Geórgia, a Arménia e o grande produtor que é o Azerbeijão).
Martinho Júnior
Publicado a 20 de Dezembro de 2003 no ACTUAL, nº 376.
NOTA:
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Os observadores Internacionais em relação à Região muito sensitiva do Cáucaso levam em especial consideração dois factores de análise, em comum:
- Os interesses geo estratégicos da Rússia face a outros interesses geo estratégicos, nomeadamente os dos Estados Unidos e os dos fundamentalistas Islâmicos, com praça forte na Chechenya e disseminados por quase toda a Região, onde foram instalando bases e influências nas periferias do sistema político-administrativo dos Estados com presença Caucasiana.
- Os interesses “vitais” sobre a exploração do petróleo a Norte do Iraque e do Irão, em especial no Mar Cáspio, bem como suas linhas de transporte para Oeste em direcção ao Mar Negro e ao Mediterrâneo, tendo em conta os centros consumidores a que eles se destinam no Ocidente, bem como os aspectos de segurança para oleodutos, seus terminais e navegação marítima concomitante.
Em qualquer dos casos os observadores vão assumindo posição conforme o seu “alinhamento”, havendo a notar, em relação ao primeiro, à medida que , com o uso da “globalização” se alastram os interesses estratégicos propagados a partir da Potência Hegemónica e seus aliados, no que diz respeito às fontes alternativas do petróleo na Região:
- A valorização das possibilidades do alargamento da OTAN ao Leste Europeu (Roménia e Bulgária), tendo como horizonte a longo prazo a inclusão de Países do Cáucaso (Geórgia e Azerbeijão), procurando flanquear a Rússia a Sul .
- A valorização do papel da Turquia como elemento propulsor da expansão da OTAN a Leste, tirando partido da sua posição geo estratégica de domínio para a saída do petróleo proveniente do Mar Cáspio, em direcção ao Ocidente, consubstanciada no plano do oleaduto Baku (Azerbeijão, no Mar Cáspio) – Tbilissi (Geórgia) – Ceyhan (Turquia, perto da cidade de Adana, no Mediterrâneo).
- A valorização do entendimento Turquia – Jordânia – Israel em reforço do plano Sudeste da OTAN, consolidando interesses no sector do petróleo, mas sobretudo criando condições para um mais racional (e decisivo), aproveitamento da água numa vasta extensão do Médio Oriente, a começar nos Países do Leste do Mediterrâneo a Sul da Turquia.
Nesse sentido, Instituições como a muito conservadora “The Jamestown Foundation” e o “Institute for Advanced Strategic & Political Studies” (“IASPS”), simultaneamente representada em Washington e Jerusalém, têm servido de “catalizadores” entre os “think tanks” Ocidentais, dando cobertura às estratégias concertadas pela via dos Estados Unidos na Região, aparentemente sincronizadas com a distante orientação de personalidades que actuam por dentro da Administração de George Bush, destacando-se entre elas dois homens da mesma geração e “curriculuns” muito próximos: Dick Cheney, oriundo do Nebraska e o Texano James Baker.
É frequente encontrar na “The Jamestown Foundation” um “analista” bem informado sobre os assuntos da Região, como Vladimir Socor, que propositadamente altera os cenários dos relacionamentos entre o Estado Russo e os terroristas Chechenos, que são um prolongamento na Região dos mesmos interesses fundamentalistas Islâmicos que regem a “Al Qaeda”, por conveniência dos interesses identificados com os Estados Unidos, particularmente os interesses ligados às estratégias “globais” do petróleo, apesar do 11 de Setembro.
Muitas dessas “alterações”, valorizando o poder duma Rússia que é muitas vezes identificada como “o velho urso” e subavaliando, ou mesmo esquecendo, a capacidade da rebelião Islâmica Chechena, enquanto prolongamento fundamentalista Islâmico, (que tal como a “Al Qaeda” é pródiga em atentados de natureza terrorista), tem-se vindo a verificar em relação muito especialmente à Geórgia afectada pela subversão na Abkhazia e Ossétia do Sul e onde uma parte importante dos efectivos fundamentalistas possuem suas bases (Pankisi Gorge , no Nordeste de Geórgia e junto à fronteira com a Chechenya).
O “IASPS” por seu turno tem feito uma antecipação prospectiva dos cenários geo estratégicos , levando em consideração a correlação de forças entre a Rússia e seus aliados e a OTAN, quase sempre sem se referir sequer à presença dos fundamentalistas Islâmicos.
A 30 de Setembro de 1999 o seu estrategista Paul Michael Wihbey fez o inventário dessa correlação na Ásia Central e no Cáucaso:
“Recentemente, a 25 de Agosto, Yeltsin e o líder Chinês Jiang Zenin com os líderes do Kirgistão, Kazaquistão e Tadjiquistão, assinaram a declaração de Bishkek que conforma alguns conceitos básicos dum novo alinhamento Russo-Chinês, que inclui a cooperação em matéria de segurança, controlo de fronteiras e a afirmação de princípios de não-intervenção, em função do respeito pelas respectivas soberanias Nacionais”.
Com essa cobertura e segundo o estrategista, a Rússia e a China teriam feito significativos progressos em vários domínios, incluindo : “compatibilidade nos sistemas de armamento, inter conexões de inteligência, incremento dos laços económicos, transferências tecnológicas e venda de armas que podiam incluir os mísseis anti navio supersónicos Russos SSN – 22, o avião de combate SU – 30 e os submarinos nucleares balísticos Tufão”.
Em relação ao Cáucaso, Wihbey realçava os conflitos existentes, todos eles com transposição de fronteiras: os Estados Unidos (multi nacional), contra o Iraque, a Arménia, contra o Azerbeijão, os Curdos contra a Turquia, os Chechenos contra os Russos, a Abkhazia contra a Geórgia e a oposição Iraquiana contra o então regime de Saddam Hussein, para além das tensões latentes entre a Turquia e a Síria, a Turquia e o Irão e o Azerbeijão e o Irão.
Essa situação ganhava contornos mais fortes por causa cada vez mais do petróleo no Norte do Iraque e no Mar Cáspio, tornando muito críticos os projectos dos oleodutos Baku (na Azerbeijão) – Ceyhan (na Turquia Mediterrânea) e Baku – Supsa (Geórgia, junto a Batumi, na costa do Mar Negro), o que valorizava sobremodo a posição geo estratégica da Geórgia apesar da presença de tropas Russas na Região (incluindo no território da Geórgia e da Arménia, devido ao problema da Chechenya e às tentativas de desintegração dos dois Países).
Wihbey fez um inventário a fim de chegar à conclusão de que a Turquia tinha um papel primordial nos interesses Ocidentais na Região, particularmente na direcção do Cáucaso, devido às características dos factores energéticos e podia tirar partido, com apoio dos Estados Unidos e da OTAN, do “Conselho de Cooperação do Sul do Caúcaso”, promovendo a integridade de Países como a Geórgia, a Arménia e o Azerbeijão.
A 4 e 5 de Fevereiro de 2000 o “Daily News” da Turquia resumiu em dois artigos o inventário, as conclusões e as linhas de desenvolvimento estratégico de acordo com os estudos de Paul Michael Wihbey, evidenciando sobremodo as vantagens do projecto de oleaduto Baku – Ceyhan.
Em reforço do papel da Turquia os estrategistas do “IASPS” realizaram em Israel uma Conferência subordinada ao tema “A crise da água é a base para uma aliança Regional” com participantes de alto nível da Turquia e Israel e com a presença do Embaixador da Geórgia em Jerusalém, em que concomitantemente foram analisadas as rotas dos oleodutos passando por território Turco, em alternativa aos já existentes, que atravessavam território Russo.
A 17 de Julho de 2001 o “Daily News” da Turquia evidenciava que “uma aliança estratégica na Ásia Central criava um novo foco de poder na Eurásia”.
O artigo era do articulista Turco Yasemin Dobra – Manco:
“Com a recente emergência do Pacto de Shangai composto pela China, a Rússia e quatro Nações da Ásia Central, uma nova organização Regional multilateral contrapõe performances sem precedentes ao avanço dos modelos pró Ocidentais e nas relações com a Eurásia. A nova aliança impõe-se a promover o comércio e o investimento, combater o terrorismo Islâmico, o separatismo e o extremismo, salvaguardando a segurança Regional.
A lacuna de políticas Ocidentais na Ásia Central facilitou a construção desse bloco económico e de segurança que se espera vir a crescer (com a possível integração da Mongólia, o Paquistão, ou a Índia.
A organização formalmente considerada como os Cinco de Shangai, inclui o Kazaquistão, o Kirguistão, o Tajiquistão, a Rússia e a China, tendo mudado o nome para Organização de Cooperação de Shangai em Junho, quando o Uzbequistão se tornou membro.
Analistas Ocidentais avaliam que essa Organização pode obstruir a influência Turca, Americana e a Ocidental na Região. O grupo produziu já um acordo, opondo-se aos planos Americano da criação dum sistema de defesa com mísseis”.
Essa evolução implicava necessariamente, por parte da Rússia e seus aliados, um reforço da sua presença no Cáucaso e tornava muito sensível a exploração do petróleo e de suas linhas de transporte do Mar Cáspio para Ocidente, com reflexos dentro da própria Rússia (incluindo sobre a sua petroleira principal, a “Yukos”) e nos Países Caucasianos a Sul de suas fronteiras (a Geórgia, a Arménia e o grande produtor que é o Azerbeijão).
Martinho Júnior
Publicado a 20 de Dezembro de 2003 no ACTUAL, nº 376.
NOTA:
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Os interesses relativamente ao petróleo acompanham a acção que culmina nas “revoluções coloridas” conectadas aos sistemas propiciados por George Soros.
Em relação ao Egipto a revolta ocorre quando o petróleo nacional está nos limites máximos de produção, começando agora o declínio, quando os preços dos alimentos crescem sem controlo ao nível global (trazendo implicações importantes para o Egipto) e quando se valoriza ainda mais o papel geo estratégico do Egipto em relação ao Médio Oriente e às rotas do petróleo interligando, via canal de Suez, o Mar Vermelho ao Mar Mediterrânico.
Um “triângulo” hostil formado pela Turquia, o Egipto e o Irão, seria geo estrategicamente extremamente pernicioso para os interesses dos falcões de Israel.
O movimento Kerfaya, aglutinando tendências heterogéneas e muitas delas de carácter espontâneo, ao integrar a revolta no Egipto, garante longevidade qualquer que seja o caminho e o regime que se vier a instaurar no Egipto que em transição terá a preponderância militar.
Nos países a Sul do Sahara, as estratégias de tensão serão mais evidentes em países como Angola, onde uma verdadeira batalha surda acontece hoje pelo domínio em Benguela, nomeadamente em relação aos interesses pela nova refinaria.
Antes em relação à refinaria do Lobito identificaram-se em concorrência interesses ligados à Coreia do Sul e à China mas agora, com a exclusão desses, parece terem-se tornado dominantes os interesses ligados aos falcões norte americanos com a presença da Halliburton e do Carlyle Group.
Esse “fenómeno” indicia amplas repercussões nas filtragens por dentro da gestação das elites angolanas cada vez mais coligadas aos interesses dos falcões, mas que começam a ser sujeitas às manipulações dialécticas instaladas por George Soros, agora mais visíveis com o “lançamento” do Bloco Democrático.
A presença de interesses de George Soros no Carlyle Group, para além de implicações suas no sistema financeiro angolano através de vários dispositivos que incluem o Banco Quantum Capital, o BCI e o próprio Banco Nacional, são indissociáveis à manipulação dirigida em direcção a substratos sociais de base, bem como a algumas franjas da classe média e intelectuais.
O movimento “Basta” em Angola, exposto pelo próprio símbolo que passou a utilizar o Bloco Democrático, não é por acaso que teve em Benguela a sua primeira manifestação.
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Em relação ao Egipto a revolta ocorre quando o petróleo nacional está nos limites máximos de produção, começando agora o declínio, quando os preços dos alimentos crescem sem controlo ao nível global (trazendo implicações importantes para o Egipto) e quando se valoriza ainda mais o papel geo estratégico do Egipto em relação ao Médio Oriente e às rotas do petróleo interligando, via canal de Suez, o Mar Vermelho ao Mar Mediterrânico.
Um “triângulo” hostil formado pela Turquia, o Egipto e o Irão, seria geo estrategicamente extremamente pernicioso para os interesses dos falcões de Israel.
O movimento Kerfaya, aglutinando tendências heterogéneas e muitas delas de carácter espontâneo, ao integrar a revolta no Egipto, garante longevidade qualquer que seja o caminho e o regime que se vier a instaurar no Egipto que em transição terá a preponderância militar.
Nos países a Sul do Sahara, as estratégias de tensão serão mais evidentes em países como Angola, onde uma verdadeira batalha surda acontece hoje pelo domínio em Benguela, nomeadamente em relação aos interesses pela nova refinaria.
Antes em relação à refinaria do Lobito identificaram-se em concorrência interesses ligados à Coreia do Sul e à China mas agora, com a exclusão desses, parece terem-se tornado dominantes os interesses ligados aos falcões norte americanos com a presença da Halliburton e do Carlyle Group.
Esse “fenómeno” indicia amplas repercussões nas filtragens por dentro da gestação das elites angolanas cada vez mais coligadas aos interesses dos falcões, mas que começam a ser sujeitas às manipulações dialécticas instaladas por George Soros, agora mais visíveis com o “lançamento” do Bloco Democrático.
A presença de interesses de George Soros no Carlyle Group, para além de implicações suas no sistema financeiro angolano através de vários dispositivos que incluem o Banco Quantum Capital, o BCI e o próprio Banco Nacional, são indissociáveis à manipulação dirigida em direcção a substratos sociais de base, bem como a algumas franjas da classe média e intelectuais.
O movimento “Basta” em Angola, exposto pelo próprio símbolo que passou a utilizar o Bloco Democrático, não é por acaso que teve em Benguela a sua primeira manifestação.
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