segunda-feira, 21 de março de 2011

Portugal: Governo volta a desafiar oposição a apresentar medidas alternativas

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Foto Rodrigo Cabrita/Global Imagens

JORNAL DE NOTÍCIAS – 21 março 2011

Após o primeiro-ministro receber em São Bento PS, PSD e CDS-PP, Jorge Lacão falou ao jornalistas em nome do governo para criticar a "posição inflexível" manifestada mais uma vez pelos sociais-democratas e reiterou aos partidos da oposição que pretendem chumbar o PEC que apresentem medidas alternativas que permitam a Portugal atingir as metas definidas para o défice.

José Sócrates começou por receber a delegaçao do PS, seguiu-se o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, e o CDS-PP.

Após as declarações de Paulo Portas aos jornalistas, Jorge Lacão fez uma declaração para indicar que "o primeiro-ministro manifestou a sua profunda preocupação pela situação em que vivemos" e que "hoje o governo apresentará o Plano de Estabilidade e Crescimento no Parlamento".

Disse ainda que o "o governo tudo está a fazer" para que o PEC seja "apresentado, discutido e todos os partidos se possam pronunciar", alertando para os "riscos muito sérios" se o documento não for aprovado, nomeadamente "uma crise política com consequências muito graves para o país". Lacão sublinhou que a hipótese de demissão do Governo não pode ser afastada se o PEC for chumbado na Assembleia da República.

Neste sentido, Jorge Lacão disse que o governo está disponível para dialogar e negociar, reiterando o seu apelo a quem pretende chumbar o PEC para apresentar medidas alternativas que permitam a Portugal cumprir as metas de redução do défice.

E a crítica foi directa para o PSD, pela "posição inflexível" que tem manifestado "contra todos os apelos que têm sido feitos".

O primeiro-ministro está a receber, esta segunda-feira, os partidos com assento parlamentar e amanhã, terça-feira, será a vez dos parceiros sociais, nas habituais audiências que antecedem o Conselho Europeu. A posição europeia face ao sismo, tsunami e problema nuclear no Japão e a situação no Magrebe, nomeadamente na Líbia, são alguns temas da agenda, assim como as questões económicas e o 'pacto para o euro'.

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