... matar o mensageiro?
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ORLANDO CASTRO*, jornalista – ALTO HAMA
A manifestação anti-governamental que está a ser convocada para o próximo dia 7, em Luanda, "não tem credibilidade" e constitui "mais um artifício para proteger o regime" de José Eduardo dos Santos.
Esta opinião, respeitável como qualquer outra, é de Isaías Samakuva. O líder da UNITA entende, e terá com certeza as suas razões, que a manifestação do dia 7 é uma jogada do regime, não se sabendo, contudo, o que pensa da anti-manifestação marcada para amanhã.
Isaías Samakuva considera que a iniciativa, que está a ser anunciada nas redes sociais, SMS e em vários sítios da Internet, "não tem bases em que se apoie, porque os seus organizadores não se identificam, o que leva a crer que é apenas um artifício arranjado pelo Governo angolano".
Em síntese, a credibilidade da manifestação do dia 7 mede-se apenas em função dos organizadores. Como são anónimos, trata-se de algo sem consistência e de mais uma jogada do regime. Se a mesma tivesse rosto declarado, então sim, já não seria uma jogada do MPLA e passaria a ser algo de válido.
Por outras palavras, para a UNITA o importante não é a mensagem mas, isso sim, o nome do mensageiro.
O Presidente da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) acusou ainda o regime de José Eduardo dos Santos de estar a preparar para os próximos dias um "cenário de confusão" que conduza ao "assassinato selectivo" de adversários políticos.
Curiosamente, Alcides Sakala, numa nota de Imprensa da UNITA, diz que o partido “apoia e encoraja todas as formas de luta democrática, constitucionalmente consagradas, desde a greve de fome à manifestações pacíficas para reivindicar direitos políticos e sociais consagrados por lei”.
Contradição? Não. Apenas a UNITA no seu real figurino de partido satisfeito por ter 10% dos votos dos angolanos e que, pelo sim e pelo não, prefere ser fuba do mesmo saco do regime.
Vejamos, sem esquecer as teses de Samakuva, o que disse Alcides Sakala: “As greves, as marchas e as manifestações são formas legítimas de luta que os angolanos têm utilizado contra as diversas ditaduras que ocuparam a Cidade Alta no século passado, antes e depois da declaração da independência”.
“Trinta e cinco anos depois da independência, os angolanos continuam vítimas de exclusão social e de intolerância política, que se manifestam através da negação selectiva do direito à liberdade, à educação de qualidade, ao acesso igual à cargos públicos, ao salário justo, à habitação e à plena cidadania; manifestam-se ainda através de prisões arbitrárias, sequestros e assassinatos políticos selectivos, praticados ou promovidos pelas autoridades públicas”.
“A UNITA vem denunciando e protestando sistematicamente contra estes atentados à vida, à liberdade e à dignidade humana. Utilizamos todos os meios pacíficos para repudiar e combater a tirania do Partido-Estado. O mais recente, foi a greve de fome encetada pelo Deputado Abílio Kamalata Numa, no Bailundo, no princípio do mes de Fevereiro de 2011 para protestar contra prisões arbitrárias e contra nove assassinatos políticos que a ditadura engendrou contra cidadãos que se manifestaram contra ela.”
“Em Angola, o processo democrático é irreversível e a atitude dos defensores da ditadura também é irreversível, pelo que devemos todos aprender com os ensinamentos da história recente da África do Magreb.”
Afinal a UNITA situa-se a onde? Costuma dizer-se que quem não tem cão caça com gato. Mas, neste caso, tudo indica que o Galo Negro não tem cão, não tem gato, não tem azagaia nem sequer tem uma fisga.
*Orlando Castro, jornalista angolano-português - O poder das ideias acima das ideias de poder, porque não se é Jornalista (digo eu) seis ou sete horas por dia a uns tantos euros por mês, mas sim 24 horas por dia, mesmo estando (des)empregado.
A manifestação anti-governamental que está a ser convocada para o próximo dia 7, em Luanda, "não tem credibilidade" e constitui "mais um artifício para proteger o regime" de José Eduardo dos Santos.
Esta opinião, respeitável como qualquer outra, é de Isaías Samakuva. O líder da UNITA entende, e terá com certeza as suas razões, que a manifestação do dia 7 é uma jogada do regime, não se sabendo, contudo, o que pensa da anti-manifestação marcada para amanhã.
Isaías Samakuva considera que a iniciativa, que está a ser anunciada nas redes sociais, SMS e em vários sítios da Internet, "não tem bases em que se apoie, porque os seus organizadores não se identificam, o que leva a crer que é apenas um artifício arranjado pelo Governo angolano".
Em síntese, a credibilidade da manifestação do dia 7 mede-se apenas em função dos organizadores. Como são anónimos, trata-se de algo sem consistência e de mais uma jogada do regime. Se a mesma tivesse rosto declarado, então sim, já não seria uma jogada do MPLA e passaria a ser algo de válido.
Por outras palavras, para a UNITA o importante não é a mensagem mas, isso sim, o nome do mensageiro.
O Presidente da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) acusou ainda o regime de José Eduardo dos Santos de estar a preparar para os próximos dias um "cenário de confusão" que conduza ao "assassinato selectivo" de adversários políticos.
Curiosamente, Alcides Sakala, numa nota de Imprensa da UNITA, diz que o partido “apoia e encoraja todas as formas de luta democrática, constitucionalmente consagradas, desde a greve de fome à manifestações pacíficas para reivindicar direitos políticos e sociais consagrados por lei”.
Contradição? Não. Apenas a UNITA no seu real figurino de partido satisfeito por ter 10% dos votos dos angolanos e que, pelo sim e pelo não, prefere ser fuba do mesmo saco do regime.
Vejamos, sem esquecer as teses de Samakuva, o que disse Alcides Sakala: “As greves, as marchas e as manifestações são formas legítimas de luta que os angolanos têm utilizado contra as diversas ditaduras que ocuparam a Cidade Alta no século passado, antes e depois da declaração da independência”.
“Trinta e cinco anos depois da independência, os angolanos continuam vítimas de exclusão social e de intolerância política, que se manifestam através da negação selectiva do direito à liberdade, à educação de qualidade, ao acesso igual à cargos públicos, ao salário justo, à habitação e à plena cidadania; manifestam-se ainda através de prisões arbitrárias, sequestros e assassinatos políticos selectivos, praticados ou promovidos pelas autoridades públicas”.
“A UNITA vem denunciando e protestando sistematicamente contra estes atentados à vida, à liberdade e à dignidade humana. Utilizamos todos os meios pacíficos para repudiar e combater a tirania do Partido-Estado. O mais recente, foi a greve de fome encetada pelo Deputado Abílio Kamalata Numa, no Bailundo, no princípio do mes de Fevereiro de 2011 para protestar contra prisões arbitrárias e contra nove assassinatos políticos que a ditadura engendrou contra cidadãos que se manifestaram contra ela.”
“Em Angola, o processo democrático é irreversível e a atitude dos defensores da ditadura também é irreversível, pelo que devemos todos aprender com os ensinamentos da história recente da África do Magreb.”
Afinal a UNITA situa-se a onde? Costuma dizer-se que quem não tem cão caça com gato. Mas, neste caso, tudo indica que o Galo Negro não tem cão, não tem gato, não tem azagaia nem sequer tem uma fisga.
*Orlando Castro, jornalista angolano-português - O poder das ideias acima das ideias de poder, porque não se é Jornalista (digo eu) seis ou sete horas por dia a uns tantos euros por mês, mas sim 24 horas por dia, mesmo estando (des)empregado.
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2 comentários:
Utopia e loucura.
É utópico matar um mensageiro anónimo e é loucura embarcar em aventuras avulsas, com conteúdos que são uma aberração infantil, carregados de espontaneísmo e desconexos de fundamentos esclarecidos e com visão de futuro.
Este é um péssimo serviço ao povo angolano, pelo que aqui vai um conselho: escolham outros líderes que estes reprovaram e não façam tantos perderem tanto tempo em masturbações.
Fecundem sem masturbação.
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