A tomada de posição da comunidade internacional em relação à Líbia, em benefício do diálogo e da paz, foi diminuída pelas possibilidades de intervenção militar por parte de outros que não os africanos (Estados Unidos e OTAN).
A Unidade Africana, que poderia sustentar sua posição na proposta dos países componentes da ALBA, tem-se demorado em relação ao mínimo que se lhe pedia: uma missão imediata de bons ofícios com vista a encontrar o mais rapidamente possível soluções de ordem política, económica e social para a Líbia, evitando a abertura de espaço para qualquer tipo de intervenção armada, aberta ou velada, vinda do exterior.
As insistentes afirmações por parte do regime Líbio da presença armada de grupos da Al Qaeda no leste do país, pressupõem a possibilidade da presença de outros grupos, por exemplo, provenientes da Arábia Saudita.
A ´casa Saud tem todo o interesse em pôr cobro às revoltas ao redor do seu território e tem mantido hostilidade em relação ao regime de Kadafi de há largos anos a esta parte, pelo que pode não ter desperdiçado esta oportunidade.
De facto e em relação às outras revoltas, apesar da posição hostil a Kadafi por parte dos grandes órgãos de comunicação de massas "de referência", as imagens não dão azo a qualquer ilusão: os revoltosos estão armados, bem armados (há a proliferação, por exemplo, de anti-aéreas de 4 canos calibre 14,5mm instaladas em carinhas Toyota 4x4 de caixa aberta) e as manifestações não se limitam a uma trilha de paz, com a utilização duma praça pública.
Na Líbia há conquista militar de espaços nacionais, o país está para todos os efeitos dividido e isso foi conseguido não à base de manifestações pacíficas em praças públicas, conforme está a acontecer noutros locais do Norte de África e do Médio Oriente.
A Unidade Africana deve chamar a si a condução das iniciativas de diálogo e de paz na Líbia, também para evitar que, para além da presença militar dos países da OTAN e dos Estados Unidos, hajam outros países árabes ou interesses vassalos que, de forma armada, reforcem qualquer dos campos da crise Líbia. – MARTINHO JÚNIOR
Jacob Zuma desloca-se à Líbia numa mediação da UA
ÁFRICA 21, com agências
"O conflito na Líbia está em via de se transformar numa guerra civil" declarou à imprensa o vice-ministro sul-africano dos Negócios Estrangeiros, Marius Fransman.
Pretória - O presidente sul-africano Jacob Zuma e quatro outros estadistas vão deslocar-se à Líbia, o mais tardar no próximo fim-de-semana, no quadro de uma missão da União Africana para tentar resolver a crise que assola esse país do Magrebe, indicou terça-feira o governo de Pretória.
"O conflito na Líbia está em via de se transformar numa guerra civil" declarou à imprensa o vice-ministro sul-africano dos Negócios Estrangeiros, Marius Fransman.
O presidente Jacob Zuma foi encarregado, domingo, com os seus homólogos da Mauritânia, da República Democrática do Congo, do Mali e do Uganda para formar uma missão da mediação da União Africana (UA) para tentar pôr fim a crise líbia.
"Essa delegação chegará esse fim-de-semana ou a próxima semana", precisou Marius Fransman.
A África do Sul declarou que não pedirá a Kadhafi para se demitir, por respeito do príncipio de não-ingerência, mas Pretória reclama o fim imediato de morte de civis.
A Unidade Africana, que poderia sustentar sua posição na proposta dos países componentes da ALBA, tem-se demorado em relação ao mínimo que se lhe pedia: uma missão imediata de bons ofícios com vista a encontrar o mais rapidamente possível soluções de ordem política, económica e social para a Líbia, evitando a abertura de espaço para qualquer tipo de intervenção armada, aberta ou velada, vinda do exterior.
As insistentes afirmações por parte do regime Líbio da presença armada de grupos da Al Qaeda no leste do país, pressupõem a possibilidade da presença de outros grupos, por exemplo, provenientes da Arábia Saudita.
A ´casa Saud tem todo o interesse em pôr cobro às revoltas ao redor do seu território e tem mantido hostilidade em relação ao regime de Kadafi de há largos anos a esta parte, pelo que pode não ter desperdiçado esta oportunidade.
De facto e em relação às outras revoltas, apesar da posição hostil a Kadafi por parte dos grandes órgãos de comunicação de massas "de referência", as imagens não dão azo a qualquer ilusão: os revoltosos estão armados, bem armados (há a proliferação, por exemplo, de anti-aéreas de 4 canos calibre 14,5mm instaladas em carinhas Toyota 4x4 de caixa aberta) e as manifestações não se limitam a uma trilha de paz, com a utilização duma praça pública.
Na Líbia há conquista militar de espaços nacionais, o país está para todos os efeitos dividido e isso foi conseguido não à base de manifestações pacíficas em praças públicas, conforme está a acontecer noutros locais do Norte de África e do Médio Oriente.
A Unidade Africana deve chamar a si a condução das iniciativas de diálogo e de paz na Líbia, também para evitar que, para além da presença militar dos países da OTAN e dos Estados Unidos, hajam outros países árabes ou interesses vassalos que, de forma armada, reforcem qualquer dos campos da crise Líbia. – MARTINHO JÚNIOR
Jacob Zuma desloca-se à Líbia numa mediação da UA
ÁFRICA 21, com agências
"O conflito na Líbia está em via de se transformar numa guerra civil" declarou à imprensa o vice-ministro sul-africano dos Negócios Estrangeiros, Marius Fransman.
Pretória - O presidente sul-africano Jacob Zuma e quatro outros estadistas vão deslocar-se à Líbia, o mais tardar no próximo fim-de-semana, no quadro de uma missão da União Africana para tentar resolver a crise que assola esse país do Magrebe, indicou terça-feira o governo de Pretória.
"O conflito na Líbia está em via de se transformar numa guerra civil" declarou à imprensa o vice-ministro sul-africano dos Negócios Estrangeiros, Marius Fransman.
O presidente Jacob Zuma foi encarregado, domingo, com os seus homólogos da Mauritânia, da República Democrática do Congo, do Mali e do Uganda para formar uma missão da mediação da União Africana (UA) para tentar pôr fim a crise líbia.
"Essa delegação chegará esse fim-de-semana ou a próxima semana", precisou Marius Fransman.
A África do Sul declarou que não pedirá a Kadhafi para se demitir, por respeito do príncipio de não-ingerência, mas Pretória reclama o fim imediato de morte de civis.
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