A maior confederação sindical do País quer intensificar a luta contra mais austeridade em Portugal.
"O tempo não é de medos, nem de silêncios. O tempo tem de ser de protesto, de acção, de resposta", disse Carvalho da Silva em declarações à Reuters.
O secretário-geral da CGTP não se comprometeu com nenhuma acção mas lembrou que "um sindicalista só deve falar de greve geral no dia em que a anuncia e com a certeza de que vai ser realizada". E realçou: "o 1 de Maio vai ser o início de uma caminhada" até às eleições legislativas de 5 Junho.
Carvalho da Silva frisou que "a possibilidade de se fazerem acções, a prazo e muito envolventes na sociedade, de mobilização, de participação, podem ter um efeito social e político tão ou mais importantes do que a greve geral".
"Temos um cenário temporal que importa observar: existem eleições em 5 de Junho e, portanto, este período entre o 1 de Maio e as eleições é um período de intervenção política, para introduzirmos a conteúdo social na agenda política", disse o secretário geral da CGTP, que tem mais de 700 mil membros.
Em Portugal, a última greve geral foi realizada a 24 de Novembro de 2010, quando as duas maiores centrais sindicais - CGTP e UGT - se uniram e lideraram o protesto contra as medidas de austeridade do Governo minoritário socialista.
O aumento destas medidas restritivas - que se prevê aumente impostos e reduza prestações sociais - será a contrapartida para Portugal poder aceder a um financiamento de cerca de 80 mil milhões de euros (ME) em três anos.
"Primeiro, sem qualquer hesitação, a CGTP apela à mobilização de todos trabalhadores e tudo faremos para rejeitar as receitas da FMI e UE. Não pode haver qualquer hesitação, é preciso rechaçar estas medidas", afirmou.
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