sábado, 9 de abril de 2011

Dilma em Pequim com uma das maiores delegações brasileiras de sempre

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SIC – 09 abril 2011

Quase 300 empresários brasileiros acompanham a Presidente Dilma Rousseff à China, na próxima semana, numa das maiores delegações do género organizadas pelo Brasil, disse hoje à agência Lusa fonte diplomática brasileira. "Incluindo os 56 jornalistas que estão acreditados, ao total serão 400 pessoas. É uma das maiores delegações de sempre", precisou a fonte.

Dilma Rousseff chega na segunda-feira a Pequim, numa visita de cinco dias cujo programa inclui a cimeira BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que reunirá na quinta-feira, na ilha tropical de Hainan, os líderes daquelas grandes economias emergentes.

Mas o programa oficial, incluindo a Cerimónia de Boas Vindas e as conversações com o Presidente chinês, Hu Jintao, só começará na terça-feira (Brasil e China estão separados por onze fusos horários e a viagem de Brasília a Pequim, com escala na Europa, demora mais de 24 horas).

É a primeira visita de Estado de Dilma Rousseff fora do continente sul-americano e considerada a mais importante dos seus primeiros cem dias na presidência do Brasil.

Dilma Rousseff viaja com quatro ministros: António de Aguiar Patriota (Negócios Estrangeiros), Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Externo, Edson Lobão (Minas e Energia) e Aloízio Mercadante (Ciência e Tecnologia).

Além do homólogo chinês, Dilma Rousseff vai encontrar-se com o presidente da Assembleia Nacional Popular, Wu Bangguo, e o primeiro-ministro, Wen Jiabao, que são também os números dois e três da hierarquia do Partido Comunista.

Dilma Rousseff participará num seminário económico com centenas de empresários dos dois países, e num encontro sino-brasileiro sobre Ciência e Tecnologia.

Durante a visita, Brasil e China deverão assinar pelo menos 15 acordos de cooperação em diversas áreas, entre as quais a agricultura, energia, desporto e ciência, adiantaram fontes brasileiras.

A China tornou-se em 2009 o primeiro parceiro comercial do Brasil, ultrapassando os Estados Unidos, e é também o seu maior investidor externo.

"Há uma nítida consciência da relevância estratégica das relações sino-brasileiras na emergência de um mundo multipolar", escreveu o ministro brasileiro dos Negócios Estrangeiros, António Patriota, acerca da perceção dominante em ambos os países.

Em 2010, o comércio bilateral aumentou 47,5 %, para 62.540 milhões de dólares (44.148 milhões de euros), com um saldo de 5.620 milhões de dólares (3.967 milhões de euros) favorável ao Brasil.

Soja, minério de ferro, celulose e petróleo dominam as exportações brasileiras para a China, O governo de Dilma Rousseff já indicou que quer "alargar o leque" e gostaria que os investimentos chineses não se concentrassem "excessivamente" no setor mineiro e da energia.

(Este texto foi escrito ao abrigo do Novo Acordo Ortográfico) Lusa

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