sábado, 9 de abril de 2011

MILITARES CHILENOS CONDENADOS POR CRIMES NA DITADURA

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PÁGINA 12 – CARTA MAIOR

Os militares foram condenados com 10 anos de cadeia pelo homicídio, em outubro de 1973, durante a ditadura de Augusto Pinochet, de um funcionário do FMI, dois turistas argentinos, um militante da direita chilena, um estudante universitário e outro cidadão chileno. Os condenados sequestraram as vítimas do lugar onde dormiam, levaram-nas para um centro de detenção e, em seguida, simularam uma tentativa de fuga para assassiná-las.

Os três membros da Escola de Suboficiais do Exército foram declarados responsáveis pelos homicídios de Ricardo Montecinos Slaughter, funcionário do Fundo Monetário Internacional, e do casal Carlos Adler Zulueta e Beatriz Díaz Agüero, dois turistas argentinos. As outras vítimas foram Víctor Garretón Romero, militante do direitista Partido Nacional; Jorge Salas Pararadisi, estudante universitário, e Julio Saa Pizarro, cirurgião dentista.

Segundo a sentença, as vítimas foram detidas enquanto dormiam em seus apartamentos da Torre 12 de San Borja, um prédio localizado em pleno centro de Santiago, no dia 16 de outubro de 1973, por membros da Escola de Suboficiais do Exército, e levadas para o centro de detenção da Casa da Cultura de Barrancas, em Pudahuel. No dia seguinte, foram levadas para os arredores do túnel do Prado, onde se ordenou que saíssem correndo para simular uma fuga. Foram então assassinados.

A ONU solicitou informação sobre caso, ainda em 1976, pelo fato de um funcionário do FMI estar entre as vítimas. A pena imposta pelo juiz Jorge Zepeda, em primeira instância, é de 10 anos sem atenuantes para Gerardo Urrich, Juan Ramón Fernández e René Cardemil.

Tradução: Katarina Peixoto

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