FERREIRA FERNANDES – DIÁRIO DE NOTÍCIAS, opinião – 17 outubro 2010
Com Lula não faltaram escândalos financeiros - do mensalão à acusação recente de traficâncias no gabinete de Dilma.
O PT, que era o partido dos de baixo, em chegando ao cimo actuou como o antigo governador paulista Adhemar de Barros, "roubo mas faço", como se, havendo obra, a desonestidade fosse pecado menor. E fazer também Lula da Silva fez, de forma notável: o Brasil que ele deixa em 2010 não é mais o que ele recebeu, em 2002.
O eterno país do futuro é um país do presente, embora alguns jornais brasileiros suavizem esse sucesso, dizendo que na base deste Brasil que agora empresta dinheiro ao FMI esteve a política do antecessor de Lula, Henrique Cardoso.
Em todo o caso, talvez não venham a ser essas questões terrenas - seja o bom governo, seja o roubo público - as determinantes na próxima eleição.
Na verdade, a segunda volta das presidenciais está a ser discutida por questões etéreas. Dilma é falsa católica? A mulher de Serra ofendeu os evangélicos ao ter abortado na juventude? Quem é o mais crente dos dois candidatos?... Profundas e urgentes questões - e é ver os dois candidatos a acorrer à bênção das hierarquias eclesiásticas. Se era para ser assim, nem do presente nem do futuro mas para ser presidente do país do passado, pergunta o escritor Ruy Castro: porquê insistir em intermediários e não se elege logo o bispo Edir Macedo, da Igreja Universal?
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Com Lula não faltaram escândalos financeiros - do mensalão à acusação recente de traficâncias no gabinete de Dilma.
O PT, que era o partido dos de baixo, em chegando ao cimo actuou como o antigo governador paulista Adhemar de Barros, "roubo mas faço", como se, havendo obra, a desonestidade fosse pecado menor. E fazer também Lula da Silva fez, de forma notável: o Brasil que ele deixa em 2010 não é mais o que ele recebeu, em 2002.
O eterno país do futuro é um país do presente, embora alguns jornais brasileiros suavizem esse sucesso, dizendo que na base deste Brasil que agora empresta dinheiro ao FMI esteve a política do antecessor de Lula, Henrique Cardoso.
Em todo o caso, talvez não venham a ser essas questões terrenas - seja o bom governo, seja o roubo público - as determinantes na próxima eleição.
Na verdade, a segunda volta das presidenciais está a ser discutida por questões etéreas. Dilma é falsa católica? A mulher de Serra ofendeu os evangélicos ao ter abortado na juventude? Quem é o mais crente dos dois candidatos?... Profundas e urgentes questões - e é ver os dois candidatos a acorrer à bênção das hierarquias eclesiásticas. Se era para ser assim, nem do presente nem do futuro mas para ser presidente do país do passado, pergunta o escritor Ruy Castro: porquê insistir em intermediários e não se elege logo o bispo Edir Macedo, da Igreja Universal?
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