ANGOLA PRESS – 07 outubro 2010
Luanda - No dia 8 do corrente mês assinala-se o 43º aniversário da captura de Ernesto Che Guevara pelos rangers do Exécito Boliviano numa escola de La Higuera, a 50 quilómetros de Vallegrande, Bolívia, onde dirigia um grupo guerrilheiro que lutava contra o regime existente nessa altura nesse país latino-americano.
De acordo com relatos publicados pela imprensa internacional foi executado no dia seguinte com nove tiros numa escola na aldeia de La Higuera, no centro-sul da Bolívia por ordem do então presidente da Bolívia, general René Barrientos.
A sua morte, no dia 9 de Outubro de 1967, aos 39 anos, interrompeu o sonho de estender a Revolução Cubana à América Latina, mas não impediu que os seus ideais continuassem a gozar de popularidade entre as esquerdas.
Os seus restos mortais foram encontrados apenas em 1997, sob o terreno do aeroporto de Vallegrande quando o mundo recordava os trinta anos da sua morte.
A 17 de Outubro de 1997, Che Guevara foi enterrado com pompas na cidade cubana de Santa Clara (onde liderou uma batalha decisiva para a derrota de Fulgêncio Batista) com a presença da família e de Fidel Castro, líder da Revolução Cubana.
O líder da revolução cubana Fidel Castro ao prefaciar os escritos de Che Guevara sobre a guerrilha nessa ilha do Caribe, escreve que “era seu costume na sua vida guerrilheira anotar cuidadosamente num Diário pessoal as suas observações de cada dia”.
Refere que “nas longas marchas por terrenos abruptos difíceis, no meio dos bosques húmidos, quando as filas dos homens, sempre encurvados pelo peso das mochilas, as munições e as armas, paravam por um instante para descansar, ou a coluna recebia a ordem para acampar ao final de fatigante jornada, se via Che - como carinhosamente o baptizaram desde o principio os cubanos a extrair um pequeno caderno e com a sua letra miúda e quase ilegível de médico, escrever as suas notas”.
O que se conservou desses apontamentos serviu para escrever as suas magníficas narrações históricas da guerra revolucionária em Cuba, cheias de conteúdo pedagógico e humano.
Nascido a 14 de Junho de 1928 na cidade de Rosário, Che Guevara foi o primeiro dos cinco filhos do casal Ernesto Lynch e Celia de la Serna y Llosa.
Em 1947, Ernesto matricula-se na Faculdade de Medicina da Universidade de Buenos Aires, motivado em primeiro lugar pela sua própria doença, desenvolvendo logo um especial interesse pelo estudo da lepra.
Em 1952, realiza uma longa jornada pela América do Sul com o melhor amigo, Alberto Granado, percorrendo 10.000 km numa moto Norton 500, apelidada de 'La Poderosa'.
Observam e se interessam por tudo, analisam a realidade com olho crítico e pensamento profundo. Os oito meses dessa viagem originam um diário. Aliás, escrever diários torna-se num hábito para o argentino, cultivado até a sua morte.
No Peru, trabalhou com leprosos e resolveu se tornar num especialista no tratamento da doença. Che saiu dessa viagem chocado com a pobreza e a injustiça social que encontrou ao longo do caminho e se identificou com a luta dos camponeses por uma vida melhor.
Mais tarde voltou à Argentina onde completou os seus estudos em medicina. Foi convocado para o exército, porém, no momento estava incompatibilizado com a ideologia peronista. Não admitia ter de defender um governo autoritário. Portanto, no dia da inspecção médica, tomou um banho gelado antes de sair de casa e na hora do exame teve um ataque de asma. Foi considerado inapto e dispensado.
Já envolvido com a política, em 1953 viajou para a Bolívia e depois seguiu para Guatemala com o seu novo amigo Ricardo Rojo. Foi lá que Guevara conheceu a sua futura esposa, a peruana Hilda Gadea Acosta.
Com o clima tenso na Guatemala e perseguido pela ditadura, Che foi para o México. Alguns relatos dizem que corria risco de vida no território guatemalteco, mas essa ida ao México já estava planeada. Lá leccionava numa universidade e trabalhava no Hospital Geral da Cidade do México, onde reencontrou Ñico Lopez, que o levou para conhecer Raúl Castro.
Raul Castro, que se encontrava refugiado no México após a fracassada revolução em Cuba em 1953, se tornou rapidamente amigo de Che. Foi Raúl que apresentou Che ao seu irmão mais velho Fidel Castro que, do mesmo modo, tornou-se amigo instantaneamente.
Tiveram a famosa conversa de uma noite inteira onde debateram sobre política mundial e, ao final, estava acertada a participação de Che no grupo revolucionário que tentaria tomar o poder em Cuba.
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Luanda - No dia 8 do corrente mês assinala-se o 43º aniversário da captura de Ernesto Che Guevara pelos rangers do Exécito Boliviano numa escola de La Higuera, a 50 quilómetros de Vallegrande, Bolívia, onde dirigia um grupo guerrilheiro que lutava contra o regime existente nessa altura nesse país latino-americano.
De acordo com relatos publicados pela imprensa internacional foi executado no dia seguinte com nove tiros numa escola na aldeia de La Higuera, no centro-sul da Bolívia por ordem do então presidente da Bolívia, general René Barrientos.
A sua morte, no dia 9 de Outubro de 1967, aos 39 anos, interrompeu o sonho de estender a Revolução Cubana à América Latina, mas não impediu que os seus ideais continuassem a gozar de popularidade entre as esquerdas.
Os seus restos mortais foram encontrados apenas em 1997, sob o terreno do aeroporto de Vallegrande quando o mundo recordava os trinta anos da sua morte.
A 17 de Outubro de 1997, Che Guevara foi enterrado com pompas na cidade cubana de Santa Clara (onde liderou uma batalha decisiva para a derrota de Fulgêncio Batista) com a presença da família e de Fidel Castro, líder da Revolução Cubana.
O líder da revolução cubana Fidel Castro ao prefaciar os escritos de Che Guevara sobre a guerrilha nessa ilha do Caribe, escreve que “era seu costume na sua vida guerrilheira anotar cuidadosamente num Diário pessoal as suas observações de cada dia”.
Refere que “nas longas marchas por terrenos abruptos difíceis, no meio dos bosques húmidos, quando as filas dos homens, sempre encurvados pelo peso das mochilas, as munições e as armas, paravam por um instante para descansar, ou a coluna recebia a ordem para acampar ao final de fatigante jornada, se via Che - como carinhosamente o baptizaram desde o principio os cubanos a extrair um pequeno caderno e com a sua letra miúda e quase ilegível de médico, escrever as suas notas”.
O que se conservou desses apontamentos serviu para escrever as suas magníficas narrações históricas da guerra revolucionária em Cuba, cheias de conteúdo pedagógico e humano.
Nascido a 14 de Junho de 1928 na cidade de Rosário, Che Guevara foi o primeiro dos cinco filhos do casal Ernesto Lynch e Celia de la Serna y Llosa.
Em 1947, Ernesto matricula-se na Faculdade de Medicina da Universidade de Buenos Aires, motivado em primeiro lugar pela sua própria doença, desenvolvendo logo um especial interesse pelo estudo da lepra.
Em 1952, realiza uma longa jornada pela América do Sul com o melhor amigo, Alberto Granado, percorrendo 10.000 km numa moto Norton 500, apelidada de 'La Poderosa'.
Observam e se interessam por tudo, analisam a realidade com olho crítico e pensamento profundo. Os oito meses dessa viagem originam um diário. Aliás, escrever diários torna-se num hábito para o argentino, cultivado até a sua morte.
No Peru, trabalhou com leprosos e resolveu se tornar num especialista no tratamento da doença. Che saiu dessa viagem chocado com a pobreza e a injustiça social que encontrou ao longo do caminho e se identificou com a luta dos camponeses por uma vida melhor.
Mais tarde voltou à Argentina onde completou os seus estudos em medicina. Foi convocado para o exército, porém, no momento estava incompatibilizado com a ideologia peronista. Não admitia ter de defender um governo autoritário. Portanto, no dia da inspecção médica, tomou um banho gelado antes de sair de casa e na hora do exame teve um ataque de asma. Foi considerado inapto e dispensado.
Já envolvido com a política, em 1953 viajou para a Bolívia e depois seguiu para Guatemala com o seu novo amigo Ricardo Rojo. Foi lá que Guevara conheceu a sua futura esposa, a peruana Hilda Gadea Acosta.
Com o clima tenso na Guatemala e perseguido pela ditadura, Che foi para o México. Alguns relatos dizem que corria risco de vida no território guatemalteco, mas essa ida ao México já estava planeada. Lá leccionava numa universidade e trabalhava no Hospital Geral da Cidade do México, onde reencontrou Ñico Lopez, que o levou para conhecer Raúl Castro.
Raul Castro, que se encontrava refugiado no México após a fracassada revolução em Cuba em 1953, se tornou rapidamente amigo de Che. Foi Raúl que apresentou Che ao seu irmão mais velho Fidel Castro que, do mesmo modo, tornou-se amigo instantaneamente.
Tiveram a famosa conversa de uma noite inteira onde debateram sobre política mundial e, ao final, estava acertada a participação de Che no grupo revolucionário que tentaria tomar o poder em Cuba.
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