ANA LORO METAN – FERNANDO SILVA – TLN semanário (excerto)
O índice Mo Ibraim para a fome no mundo é alarmante e deixa perceber que “2010 revela que em português há muita gente com a barriga vazia, o que nem sequer é novidade. Mas nada melhor do que assobiar para o lado – conforme podemos ler na integra em Notícias Lusófonas ou na edição diária do TLN sob o título Aumento da fome é alarmante. Onde? - Angola, Moçambique, Guiné e Timor .
Lendo ficamos a saber que “Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e Timor-Leste integram uma lista de 25 países onde o aumento da fome é alarmante, segundo revela hoje um relatório do Instituto Internacional de Pesquisa sobre Políticas Alimentares. Por outras palavras, nestes países os poucos que têm milhões têm ainda mais milhões, e os milhões que têm pouco ou nada passaram a ter ainda menos. Ser gerado com fome, nascer com fome e morrer pouco depois com fome parece ser uma fatalidade na Lusofonia.”
Fala-se em aumento da fome, no mundo e nestes países lusófonos. Uma fatalidade aceite pelos dirigentes mundiais sem vergonha mas que não se justifica em caso algum e ainda menos no caso de Angola, Moçambique e de Timor Leste.
Se perguntarem aos governantes de todos estes três países lusófonos acabados de citar se há fome nos seus países quase de certeza que não vão reconhecer que a fome é uma realidade e fruto das suas más governações. O mesmo não acontecerá com a Guiné Bissau por especificidades que conhecemos. Em Bissau o governo não teme reconhecer e apontar como causa a instabilidade política, o que é uma grande parte da verdade. Contudo não invalida que são os militares assassinos guineenses e os políticos igualmente assassinos os responsáveis únicos dessa mesma e perdurante instabilidade. Vai tudo dar ao mesmo.
Angola significa a total ausência de vergonha de Eduardo dos Santos, dos da sua família, dos do MPLA que se instalam nas cúpulas e oferecem ao povo sofredor fome e mais fome enquanto vão recheando as suas contas bancárias e aumentando os seus bens à custa da miséria do povo que vêm enganando e roubando há dezenas de anos. Lamentável é vermos o ocidente, os países ditos democráticos, a própria ONU, a lamber os pés a Eduardo dos Santos e à clique que é causa maior e absoluta da fome que os angolanos têm de suportar todos os dias, todas as semanas, todos os meses, todos estes anos – quando não morrem. Angola, um país riquíssimo, propriedade ilegal de uns quantos, representa uma das maiores vergonhas mundial no que respeita a ter nos poderes político e militar autênticos ladrões. Criminosos que se pavoneiam impunes pelos fóruns internacionais sem que alguém, algum país, algum político, tenha a coragem de interceder a favor dos interesses do povo angolano. Antes pelo contrário, todos querem fazer negócios com Angola, digamos, com a clique que se apoderou de Angola.
Moçambique é aquilo que se sabe. Uma economia periclitante, com algumas figuras de topo mais afoitas a roubar mas também com dificuldades por ignorâncias e más governações. Diferente de Angola, que é o escândalo, Moçambique justifica uma intervenção maior de apoio ao seu povo sem que responsabilizemos somente os políticos por isso mas também determinadas vicissitudes que afetam o país. Entre as quais a própria revolta da natureza, as mudanças climatéricas que arrasam seriamente o seu povo e a sua economia frequentemente.
Timor Leste é como uma Angola em ponto pequeno. A elite política está a apoderar-se do país e os emergentes milionários já se denunciam e perfilam. A continuar como até aqui será um estado ladrão, como Angola. A diferença é que a escala é menor a todos os níveis. Mas a fome é um mal que também lá está e que nem é reconhecido pelos mais altos dignitários timorenses, como se viu e percebeu ainda há semanas em entrevistas e declarações de Ramos Horta, presidente da república. Na verdade o governo de Xanana Gusmão e da AMP também deve reagir do mesmo modo. Não se vê que avance com a urgência devida no combate ao flagelo. O que se vê são os emergentes ricaços, as ostentações dos que compõe o governo, dos seus familiares e amigos, daqueles que negoceiam com os do governo AMP. E a fome vai alastrando. Tudo debaixo dos queixos da representante de Ban Ki-moon, a patente maior da UNMIT, Haamera Hak.Desconhece-se que a oposição ao governo AMP se interesse como devia pelo flagelo e o denuncie no Parlamento Nacional timorense e ao público em geral, aos seus eleitores. Não o fazendo, alguma razão de interesse relevante a coibirá de tomar a atitude que se julga justa: o combate à fome num pais de pouco mais de um milhão de habitantes e que dispõem de recursos enormes para que a realidade timorense seja outra.
Timor Leste possui recursos inauditos que possibilitariam um cenário rapidamente evolutivo do bem-estar das populações e não o faz-que-fazem a passo de caracol enquanto imensos timorenses se arrastam na miséria. Na fome. A demora nas concretizações de medidas de solução quase imediata acaba por ser a mais valia dos que roubam descaradamente os timorenses. Eles precisam de tempo.
Também há fome em Timor Leste e não se justifica.
*Incluído em A SEMANA PASSADA – II, de TLN semanário
O índice Mo Ibraim para a fome no mundo é alarmante e deixa perceber que “2010 revela que em português há muita gente com a barriga vazia, o que nem sequer é novidade. Mas nada melhor do que assobiar para o lado – conforme podemos ler na integra em Notícias Lusófonas ou na edição diária do TLN sob o título Aumento da fome é alarmante. Onde? - Angola, Moçambique, Guiné e Timor .
Lendo ficamos a saber que “Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e Timor-Leste integram uma lista de 25 países onde o aumento da fome é alarmante, segundo revela hoje um relatório do Instituto Internacional de Pesquisa sobre Políticas Alimentares. Por outras palavras, nestes países os poucos que têm milhões têm ainda mais milhões, e os milhões que têm pouco ou nada passaram a ter ainda menos. Ser gerado com fome, nascer com fome e morrer pouco depois com fome parece ser uma fatalidade na Lusofonia.”
Fala-se em aumento da fome, no mundo e nestes países lusófonos. Uma fatalidade aceite pelos dirigentes mundiais sem vergonha mas que não se justifica em caso algum e ainda menos no caso de Angola, Moçambique e de Timor Leste.
Se perguntarem aos governantes de todos estes três países lusófonos acabados de citar se há fome nos seus países quase de certeza que não vão reconhecer que a fome é uma realidade e fruto das suas más governações. O mesmo não acontecerá com a Guiné Bissau por especificidades que conhecemos. Em Bissau o governo não teme reconhecer e apontar como causa a instabilidade política, o que é uma grande parte da verdade. Contudo não invalida que são os militares assassinos guineenses e os políticos igualmente assassinos os responsáveis únicos dessa mesma e perdurante instabilidade. Vai tudo dar ao mesmo.
Angola significa a total ausência de vergonha de Eduardo dos Santos, dos da sua família, dos do MPLA que se instalam nas cúpulas e oferecem ao povo sofredor fome e mais fome enquanto vão recheando as suas contas bancárias e aumentando os seus bens à custa da miséria do povo que vêm enganando e roubando há dezenas de anos. Lamentável é vermos o ocidente, os países ditos democráticos, a própria ONU, a lamber os pés a Eduardo dos Santos e à clique que é causa maior e absoluta da fome que os angolanos têm de suportar todos os dias, todas as semanas, todos os meses, todos estes anos – quando não morrem. Angola, um país riquíssimo, propriedade ilegal de uns quantos, representa uma das maiores vergonhas mundial no que respeita a ter nos poderes político e militar autênticos ladrões. Criminosos que se pavoneiam impunes pelos fóruns internacionais sem que alguém, algum país, algum político, tenha a coragem de interceder a favor dos interesses do povo angolano. Antes pelo contrário, todos querem fazer negócios com Angola, digamos, com a clique que se apoderou de Angola.
Moçambique é aquilo que se sabe. Uma economia periclitante, com algumas figuras de topo mais afoitas a roubar mas também com dificuldades por ignorâncias e más governações. Diferente de Angola, que é o escândalo, Moçambique justifica uma intervenção maior de apoio ao seu povo sem que responsabilizemos somente os políticos por isso mas também determinadas vicissitudes que afetam o país. Entre as quais a própria revolta da natureza, as mudanças climatéricas que arrasam seriamente o seu povo e a sua economia frequentemente.
Timor Leste é como uma Angola em ponto pequeno. A elite política está a apoderar-se do país e os emergentes milionários já se denunciam e perfilam. A continuar como até aqui será um estado ladrão, como Angola. A diferença é que a escala é menor a todos os níveis. Mas a fome é um mal que também lá está e que nem é reconhecido pelos mais altos dignitários timorenses, como se viu e percebeu ainda há semanas em entrevistas e declarações de Ramos Horta, presidente da república. Na verdade o governo de Xanana Gusmão e da AMP também deve reagir do mesmo modo. Não se vê que avance com a urgência devida no combate ao flagelo. O que se vê são os emergentes ricaços, as ostentações dos que compõe o governo, dos seus familiares e amigos, daqueles que negoceiam com os do governo AMP. E a fome vai alastrando. Tudo debaixo dos queixos da representante de Ban Ki-moon, a patente maior da UNMIT, Haamera Hak.Desconhece-se que a oposição ao governo AMP se interesse como devia pelo flagelo e o denuncie no Parlamento Nacional timorense e ao público em geral, aos seus eleitores. Não o fazendo, alguma razão de interesse relevante a coibirá de tomar a atitude que se julga justa: o combate à fome num pais de pouco mais de um milhão de habitantes e que dispõem de recursos enormes para que a realidade timorense seja outra.
Timor Leste possui recursos inauditos que possibilitariam um cenário rapidamente evolutivo do bem-estar das populações e não o faz-que-fazem a passo de caracol enquanto imensos timorenses se arrastam na miséria. Na fome. A demora nas concretizações de medidas de solução quase imediata acaba por ser a mais valia dos que roubam descaradamente os timorenses. Eles precisam de tempo.
Também há fome em Timor Leste e não se justifica.
*Incluído em A SEMANA PASSADA – II, de TLN semanário
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