quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

NUNCA MAIS COMPREM NA ENSITEL!

.

Redação

A liberdade de expressão, as nossas opiniões, são constantemente ameaçadas pelos que detêm os poderes e acreditam reunir as condições que lhes permitem regressar à censura, incluindo na internet. É assim que publicamos a “história” de uma empresa que se vê protegida pelos tribunais numa tentativa de silenciar uma cliente descontente.

O que está a acontecer poderia ser considerado ridículo se estas acções não fossem “balões de ensaio” para limitar as nossas capacidades de comunicação e as nossas opiniões sobre os que detêm os poderes e deles pretendem abusar, sejam eles de cariz empresarial ou outros. A verdadeira “história” vem a seguir e convidamos os que nos lêem a dar atenção ao que ocorre e aos pormenores.

Uma empresa de Portugal, a ENSITEL, aparentemente uma empresa dirigida por “merceeiros” da pior espécie, sente-se lesada pela opinião de uma cliente que veiculou na internet o que pensava e sentia relativamente à empresa no comportamento que teve consigo. Vai daí solicita ao tribunal que a página em blogue da net seja “limpa” sobre tudo o que a cliente publicou do seu sentir, da sua opinião, da sua visão e interpretação relativamente aos procedimentos da ENSITEL.

Quer parecer que o tribunal vai decidir favoravelmente à pretensão da ENSITEL. Esta é a nossa convicção sobre a “justiça” em Portugal, porque na verdade não temos a mínima confiança nos tribunais na generalidade. Quase sempre são favoráveis aos mais fortes. Mas isso não deve de ser razão bastante para que não apoiemos esta campanha - antes pelo contrário - contra os ataques à liberdade de expressão e de opinião por parte dos atores mascarados de democratas - mas denunciados - desta “democracia de pacotilha” para onde nos conduz o falso liberalismo em que nos estamos a afundar globalmente, que nos reprime nas menores e mais surpreendentes situações que possam conduzir ao controle total das populações.

Neste caso da ENSITEL nada está a acontecer por acaso. Sejamos combativos e denunciemos.

A seguir consulte toda a “história”. (FB)

Ensitel exige a ex-cliente retirada de textos de blog pessoal

TSF

A troca de um telemóvel defeituoso foi o ponto de partida para seis textos escritos num blog, que a Ensitel pretende que sejam apagados. Nas redes sociais, há já uma onda "anti-Ensitel".

A Ensitel pretende que uma antiga cliente insatisfeita apague textos do seu blog pessoal que fazem referência a esta rede portuguesa de distribuição de equipamentos de electrónica e comunicações.

Na sua página na Internet, Maria João Nogueira explica que tudo começou quando tentou trocar um telemóvel defeituoso, uma troca que acabou em tribunal que acabou por dar razão à Ensitel, que agora exige a retirada de seis textos escritos em 2009 deste blog.

Quando a bloguista decidiu contar este caso, criou-se uma onda contra a Ensitel nas redes sociais como Facebook e o Twitter, tendo a página da empresa recebido uma enorme quantidade de críticas.

No Facebook, foi criada a página Nunca mais compro nada na Ensitel, que já conta com mais de mil fãs pouco satisfeitos com a forma como a empresa tratou deste caso, ao interpor uma providência cautelar para que os textos referentes à empresa fossem apagados.

A ex-cliente não retirou os textos e acrescentou mesmo mais um onde lamentou a posição da Ensitel, considerando que estava em causa a liberdade de expressão de uma bloguista.

Entretanto, a Ensitel, em comunicado, disse que repudia, rejeita e não aceita ser alvo de uma campanha difamatória.

Ouvido pela TSF, o advogado Manuel Lopes Rocha explicou que «ou o juiz encontra material ofensivo e, nessa altura, manda retirar, ou chega à conclusão que não há material ofensivo e certamente ficarão os comentários que estão».

«O juiz vai traçar o limite da liberdade de expressão como se fosse noutro meio qualquer. Já há casos em que os tribunais portugueses mandaram retirar com sucesso determinados textos e imagens da Internet», lembrou este especialista em Direito Informático.

Este advogado adiantou ainda que «uma reacção assim tão grande não me lembro, com tantas redes sociais a intervirem e com tanta intervenção física dos cidadãos». «Do ponto de vista sociológico e jurídico, é um caso interessantíssimo», concluiu.

OUVIR REFERÊNCIAS NA TSF
.

1 comentário:

Jonas disse...

Obrigada pelo post e pela solidariedade :)

Agradeço tarde e más horas, mas mais vale tarde que nunca.

Bom 2011