terça-feira, 28 de dezembro de 2010

PORTUGUESES MANTÊM-SE NA COSTA DO MARFIM

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JORNAL DE NOTÍCIAS

O Governo já contactou 20 cidadãos portugueses na Costa do Marfim, país em conflito devido à disputa pela presidência, mas "nenhum pediu ajuda para regressar" a Portugal.

De acordo com uma fonte do gabinete do secretário de Estado das Comunidades citada pela Agência Lusa, estes 20 portugueses "estão contactados e ninguém pediu para regressar".

Segundo a mesma fonte, no caso de ser necessário o repatriamento, "os portugueses já têm indicações para se dirigirem à embaixada de França", antiga potência colonial na Costa do Marfim e o país da União Europeia com mais cidadãos naquele país da África Ocidental.

Questionada sobre em que condições poderá ocorrer o repatriamento, a fonte explicou que acontecerá "em função da análise da situação feita quer pela França, quer pela Espanha (país que representa Portugal, que não tem embaixada em Abidjan)". "Até ao momento, ainda não foi necessário", garantiu.

Caso venha a ser necessário, o repatriamento será feito recorrendo a "meios das autoridades francesas", adiantou a mesma fonte.

A situação de conflito na Costa do Marfim agudizou-se após a segunda volta das eleições presidenciais, a 28 de Novembro.

Laurent Gbagbo, no poder há dez anos, perdeu para o candidato da oposição, Alassane Ouattara, segundo os resultados da Comissão Eleitoral Independente.

A comunidade internacional reconheceu Ouattara como chefe de Estado, mas Gbagbo recusou deixar o poder e alertou, em entrevistas divulgadas ontem, segunda-feira, que o país corre o risco de uma guerra civil.

A crise política pós-eleitoral na Costa do Marfim já provocou cerca de 200 mortos e milhares de pessoas refugiaram-se nos países vizinhos.
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