Julian Assange chega à corte de Belmarsh, em Londres, para uma audiência que faz parte do seu processo de extradição Foto: EFE
O DIA – 12 janeiro 2011
Londres (Inglaterra) - O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, denunciou uma campanha das autoridades americanas para recolher informações e lançar um procedimento judicial contra ele, e considerou que sua prisão domiciliar em uma área rural da Inglaterra é "uma situação orwelliana".
A expressão retrata o cotidiano de um regime político totalitário que aparece na obra 1984, de George Orwell.
"Estou sendo vigiado de forma permanente", queixou-se Assange em entrevista publicada nesta terça-feira pela emissora France Info, embora tenha reconhecido estar "acostumado a este tipo de pressão, mas a situação atual é talvez a mais dramática que vivi até agora", disse.
Em todo caso, garantiu que "aconteça o que acontecer, seguiremos. O número de publicações diárias se intensificou nos últimos tempos e vai seguir aumentando".
Assange disse sentir-se apoiado porque no mundo todo "nossos simpatizantes e nossos defensores continuam lutando por nós".
"Não sou o único ameaçado, todos os membros de nossa equipe estão", comentou e referiu-se ao caso de um jovem analista em prisão há 230 dias na Virgínia à espera de um processo contra ele na Justiça americana.
O fundador do WikiLeaks, que a Suécia pretende extraditar a partir do Reino Unido para julgá-lo por delitos sexuais, criticou que as autoridades americanas estejam tratando de reunir informações de seus seguidores no Twitter sobre ele mesmo e sobre outras pessoas envolvidas na difusão de um vídeo sobre a morte de 20 pessoas, incluindo dois jornalistas da Reuters, em Bagdá, em 2007.
"Trata-se de uma tentativa evidente destinada a forçar as pessoas a darem informações para lançar procedimentos judiciais contra mim e contra minha equipe", indicou antes de acrescentar que o propósito de Washington é extraditá-lo e que para isso recorreu à espionagem.
Assange, que vive em uma residência rural a 200 km de Londres, compareceu nesta terça-feira na capital britânica diante da justiça britânica, que impôs um controle diário na delegacia de Polícia de Beccles.
Extradição será examinada em fevereiro
O pedido de extradição apresentado pela Suécia contra o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, será examinado pela justiça britânica nos dias 7 e 8 de fevereiro, confirmou nesta terça-feira o juiz do caso, durante uma breve audiência em Londres.
O juiz Nicholas Evans também modificou as condições da liberdade condicional para que o australiano possa dormir em Londres durante as duas noites antes das audiências.
"A única variação de sua liberdade é que nas noites de 6 e 7 de fevereiro você poderá residir no Frontline Club de Londres", afirmou o magistrado a Assange.
O Frontline Club é um clube de jornalistas fundado e dirigido por Vaughan Smith, amigo de Assange, que também é o dono da mansão a 200 km de Londres onde ele reside desde 16 de dezembro, quando a Justiça concedeu-lhe liberdade condicional sob fiança.
As informações são da EFE
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Londres (Inglaterra) - O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, denunciou uma campanha das autoridades americanas para recolher informações e lançar um procedimento judicial contra ele, e considerou que sua prisão domiciliar em uma área rural da Inglaterra é "uma situação orwelliana".
A expressão retrata o cotidiano de um regime político totalitário que aparece na obra 1984, de George Orwell.
"Estou sendo vigiado de forma permanente", queixou-se Assange em entrevista publicada nesta terça-feira pela emissora France Info, embora tenha reconhecido estar "acostumado a este tipo de pressão, mas a situação atual é talvez a mais dramática que vivi até agora", disse.
Em todo caso, garantiu que "aconteça o que acontecer, seguiremos. O número de publicações diárias se intensificou nos últimos tempos e vai seguir aumentando".
Assange disse sentir-se apoiado porque no mundo todo "nossos simpatizantes e nossos defensores continuam lutando por nós".
"Não sou o único ameaçado, todos os membros de nossa equipe estão", comentou e referiu-se ao caso de um jovem analista em prisão há 230 dias na Virgínia à espera de um processo contra ele na Justiça americana.
O fundador do WikiLeaks, que a Suécia pretende extraditar a partir do Reino Unido para julgá-lo por delitos sexuais, criticou que as autoridades americanas estejam tratando de reunir informações de seus seguidores no Twitter sobre ele mesmo e sobre outras pessoas envolvidas na difusão de um vídeo sobre a morte de 20 pessoas, incluindo dois jornalistas da Reuters, em Bagdá, em 2007.
"Trata-se de uma tentativa evidente destinada a forçar as pessoas a darem informações para lançar procedimentos judiciais contra mim e contra minha equipe", indicou antes de acrescentar que o propósito de Washington é extraditá-lo e que para isso recorreu à espionagem.
Assange, que vive em uma residência rural a 200 km de Londres, compareceu nesta terça-feira na capital britânica diante da justiça britânica, que impôs um controle diário na delegacia de Polícia de Beccles.
Extradição será examinada em fevereiro
O pedido de extradição apresentado pela Suécia contra o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, será examinado pela justiça britânica nos dias 7 e 8 de fevereiro, confirmou nesta terça-feira o juiz do caso, durante uma breve audiência em Londres.
O juiz Nicholas Evans também modificou as condições da liberdade condicional para que o australiano possa dormir em Londres durante as duas noites antes das audiências.
"A única variação de sua liberdade é que nas noites de 6 e 7 de fevereiro você poderá residir no Frontline Club de Londres", afirmou o magistrado a Assange.
O Frontline Club é um clube de jornalistas fundado e dirigido por Vaughan Smith, amigo de Assange, que também é o dono da mansão a 200 km de Londres onde ele reside desde 16 de dezembro, quando a Justiça concedeu-lhe liberdade condicional sob fiança.
As informações são da EFE
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