terça-feira, 25 de janeiro de 2011

ROTHSCHILD – GEORGE SOROS: UMA “CONEXÃO” QUE “ESPREITA” ANGOLA...

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… PELA VIA DE CABINDA

MARTINHO JÚNIOR

“Creio que a probabilidade de fazer fortuna na Bolsa, é extremamente fraca.

Para existirem um George Soros, ou um Warren Buffett (dois grandes financeiros Americanos), quantos investidores muito menos felizes e clarividentes existiram!

Na realidade, as grandes fortunas são, na maior parte dos casos, as que foram feitas por pessoas empreendedoras, ou por pessoas que foram investindo nos projectos industriais.

Os mercados, são um bom suporte para assegurar a perenidade dum património, qualquer que seja a sua dimensão.

Ter a ambição de fazer fortuna na Bolsa, isso contribui para se correrem riscos muito elevados e, sem dúvida, tarde ou cedo, expor-se a graves inconvenientes”.

A entrevista de David Rothschild ao “L’EXPRESS”, de 12 de Setembro de 2002, além de sublinhar a falibilidade de quem criava a sua fortuna a partir da Bolsa, deixava a “janela aberta” para o facto do poderoso banqueiro, um dos membros de uma das mais conhecidas famílias que compõem o clube muito restrito da aristocracia financeira Mundial, ter pelo menos conhecimento de como George Soros, enquanto excepção, arquitectou a constituição de sua própria fortuna.

Esse conhecimento levou-o assim a considerar que, é muito pouco provável que os 70.000 milhões de Dólares Americanos, em que está avaliada a fortuna disponível do bilionário George Soros, tivessem apenas surgido da Bolsa e não hajam outro tipo de empreendimentos e investimentos a “cobrir” a colossal fortuna.

Nesse sentido, vários investigadores chegaram à conclusão que o património e os investimentos dos Rothschild, são a verdadeira “muleta” das inteligentes e desenfreadas especulações financeiras de George Soros e, para “sarar as feridas” desses actos vorazes, à sua passagem como um furacão pelos mais variados mercados financeiros do Globo, o lobo que constitui o “especulador financeiro”, veste a pele da ovelha de “filósofo e filantropo”, catalizador e impulsionador de inovadoras ideias e argumentos, na “Open Society”.

Os arquivos “telling the truth” (“dizendo a verdade”) de David Icke, revelam a conexão de Goerge Soros com os Rothschild, num longo artigo da autoria de Jan Von Helsing, sob o título elucidativo de “as sociedades secretas e o seu poder no século 20”, que sintetiza o teor do livro do mesmo autor e com o mesmo nome, dado à estampa em 1995 (http://davidicke.net/tellthetruth/rothschild/soros.html).

O grande segredo dessa conexão tem uma identidade, o “QUANTUM GROUP”, uma autêntica máquina de investimentos criada por Geoge Soros nas Antilhas Holandesas (de forma a escapar-se ao controlo de suas actividades financeiras por parte das Administrações Americanas), em 1969.

A maior parte dos Directores do “QUANTUM GROUP” são financeiros Suíços, ou Italianos, que dão corpo à conexão Rothschild – George Soros:

- Richard Katz era em 1993, ao mesmo tempo, Director do “Rothschild Italia SPA” em Milão e Director do Banco Comercial “N. M. Rothschilds and Sons” em Londres.

- Nils O. Taube era um dos parceiros dos Rothschild no “St. James Place Capital”.

- Sir James Goldsmith, uma pessoa muito próxima da “dinastia” dos Rothschild, é um parceiro frequente de George Soros em vários negócios de especulação.

- Edgar D. de Picciotto, Director do Banco privado de Genebra “CBITDB Union Bancaire Privee”, que normalmente actua no mercado do ouro.

- Isidoro Albertini, Director da Companhia “Albertini and Co”.

- Beat Notz, Director do “Banque Worms” em Genebra.

- Alberto Foglia, Director do “Banca del Ceresio” de Lugano.

Desde a IIª Guerra Mundial que a família Rothschild cultiva a imagem de sua “insignificância”, levando uma vida sossegada e fora da turbulência do Mundo.

Investigadores do “N. M. Rothschild and Sons” revelam contudo que por essa via a família foi mantendo conexões preferenciais à ala neo liberal encabeçada por Thatcher no Partido “Tory”, na Grã Bretanha, beneficiando de vários biliões de Dólares com a privatização de algumas indústrias do Estado Britânico, processo esse levado a cabo por Margareth Thatcher.

Outras investigações conduziram à conclusão de que o “N. M. Rothschild & Sons” tinha conexão a várias operações ligadas a armamento e à droga, estabelecidas em rede, em função dos interesses operativos dos serviços secretos, incluindo a “frontaria” do “BCCI, Bank of Credit and Commerce International”.

Esses “interesses” eram os Bancos de “lavagem de dinheiro” da CIA e do MI6 que nas décadas de 70 e de 80 estiveram implicados na fermentação dos “contras” na Nicarágua.

Em relação ao “BCCI”, o Procurador da Justiça de New York, Henry Morganthau, viria a acusar o referido Banco da “maior fraude bancária do mundo financeiro. O BCCI durante os seus 19 anos de história, era uma organização criminosa e corrupta”.

A personalidade-chave do “BCCI”, em função da conexão dos Rothschild com o bilionário George Soros era o Dr. Alfred Hartmann, Director Executivo da filial Suiça do “BCCI”, “Banque de Commerce et de Placement SA , também Director do “Zurich Rothschild Bank A. G.”, membro da Administração do “N. M. Rothschild and Sons” de Londres, membro da Administração da filial Suiça do Banco Italiano “BNL” e Vice Presidente do “N. Y. Intermaritime Bank”, em Genebra.

Essas intrincadas ligações tiveram implicações numa série de operações de especulação financeira em vários Países Europeus , que levaram George Soros e parceiros a obterem dividendos de mais de 10.000 milhões de Dólares Americanos.

Entre esses parceiros figuravam Marc Rich, “expert” em negócios com metais e petróleo e o negociante de armas Israelita Shaul Eisenberg.

Este último foi, durante décadas, agente dos Serviços Secretos Israelitas com negócios de armas no Médio Oriente e na Ásia.

Um terceiro elemento ligado a George Soros era um tal Rafi Eytan, que havia sido um elemento de ligação do MOSSAD com os Serviços Secretos Britânicos, em Londres.

Não se esgota aqui a caracterização da conexão Rothschild – Geoge Soros, até porque os Rothschild, com os ”Rothschild Bank of London” e “Rothschild Bank of Berlin”, possuem dois dos doze instrumentos com que a aristocracia financeira Mundial “privatizou” a Reserva Federal Americana, mas estes elementos introdutórios, constituem notícias que nos permitem começar a ter uma avaliação do que está efectivamente por detrás do “filantropo”, do “filósofo” e de suas organizações, entre elas a “Open Society”.

Em relação a Angola e tendo em conta o modelo das iniciativas que a “Open Society” mais a Igreja Católica, “de braço dado” em relação ao “caso de Cabinda”, “espreitando a brecha” do contencioso existente e do Subdesenvolvimento crónico em que nos encontramos, parece-os com evidência, que elas não são assim tão inócuas quanto isso.

A “solidariedade” entre a Igreja Católica e a “Open Society”, a pontos de “tornar” (pagando) os Semanários de Luanda, a arautos das posições das facções da FLEC em armas, a pontos de tornar a CEAST numa “Conferência Episcopal de Cabinda”, à maneira de alguns dos interesses de algumas das facções da FLEC, sugere-os que, por exemplo, muito provavelmente o Banco do Vaticano tido como fazendo parte do grupo dos dez Bancos mais permissivos à “lavagem de dinheiro” provenientes dos mais odiosos tráficos (armas, droga, tráfico de influências, crime organizado, etc.), não está imune às “operações” da conexão Rothschild – George Soros.

Provavelmente Angola, pela sua imensa riqueza natural, tem todo o interesse, como “referência”, para muitos circuitos Internacionais do intrincado sistema de “lavagem de dinheiro”, que não é indiferente às operações de especulação financeira e não nos admiraria que alguns dos factores que conduzem à deriva da moeda Angolana, não merecessem pelo menos a atenção de gente ligada a essa conexão.

Não serão essas razões também suficientes para que aqueles Angolanos mais conscientes de toda a complexa situação se erguerem por uma campanha do não pagamento da dívida das guerras que temos vindo a sofrer, sabendo de antemão onde poderá muito desse dinheiro e decisões ter sua origem e a quem está a alimentar nossa vida, nosso trabalho, nossa riqueza e o nosso suor ?

Pelo menos, aqui e agora, parece-os possível começarmos a conhecer melhor os fieis servidores de um dos principais grupos de manipulação que desde pelo menos a década de 80 “espreita” Angola!

Martinho Júnior - 06-01-2003 14:18

Nota:

Este artigo começou a ser trabalhado nos seus fundamentos em Janeiro de 2003 e viria a ser publicado a 1 de Março de 2003, no nº 348 do desaparecido semanário luandense Actual.

Pretendia contribuir para dar a conhecer uma corrente que naquela altura ensaiava os primeiros passos em direcção a Angola.

De lá para cá, oito anos volvidos, (quase) tudo correu de feição para essa corrente que está aliás bastante estimulada por uma parte do mundo contemporâneo, em especial ali onde se fundem interesses da oligarquia que compõe uma parte da aristocracia financeira mundial (casa Rothschild e grupo do mega especulador e “filantropo” George Soros) com as elites locais.

Relembrá-lo é introduzir acontecimentos de hoje em Angola que exprimem a contradição manipulada que, como uma poderosa ingerência vem de longe e que, enquanto se instala por um lado na super estrutura financeira do país, tende a aproximar-se por outro, em termos de mobilização e integração, de alguns dos mais sofridos substratos da sociedade e do povo angolano.
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