Hugo Chávez manifesta apoio
a Muammar Kadhafi e acusa imprensa de manipulação
FPG – LUSA
Caracas, 26 fev (Lusa) - O Presidente da Venezuela, Hugo Chávez, manifestou hoje apoio ao seu homólogo líbio, Muammar Kadhafi, ao mesmo tempo que condenou a violência naquele pais, alegadas "pretensões intervencionistas" e acusou a imprensa de manipulação.
"Sim, apoiamos o Governo da Líbia, a independência da Líbia, queremos paz para a Líbia e temos que nos opor decididamente às pretensões intervencionistas", disse.
Numa breve intervenção televisiva, o chefe de Estado venezuelano sublinhou que desde o início das manifestações naquele país não conseguiu contactar com Muammar Kadhafi e optou por manter um "prudente silêncio" devido "à desinformação sobre o que acontecia".
"Eu não posso dizer que apoio, que estou a favor ou aplaudo qualquer decisão que tome qualquer amigo meu em qualquer parte do mundo, não, (porque) estou à distância (...) Queremos paz no mundo e temos que opor-nos a pretensões intervencionistas", disse.
Por outro lado, Chávez disse lamentar "a manipulação mediática de alguns meios de comunicação no mundo" e acusou a imprensa de "condenar de imediato a Líbia".
"Ficam calados com o bombardeio e os massacres no Iraque e no Afeganistão, não têm moral então para condenar ninguém", sublinhou.
Hugo Chávez insistiu na necessidade de a Líbia encontrar a paz e vencer as tentativas de desestabilização.
"Desde aqui, com este coração por (Muammar) Kadhafi, pela Líbia, uma oração pela paz e oxalá consigam, como nós, que tivemos golpes, guerras civis e intervencionismos, conseguimos", disse.
"Ainda não se verifica uma crise humanitária
FPG – LUSA
Caracas, 26 fev (Lusa) - O Presidente da Venezuela, Hugo Chávez, manifestou hoje apoio ao seu homólogo líbio, Muammar Kadhafi, ao mesmo tempo que condenou a violência naquele pais, alegadas "pretensões intervencionistas" e acusou a imprensa de manipulação.
"Sim, apoiamos o Governo da Líbia, a independência da Líbia, queremos paz para a Líbia e temos que nos opor decididamente às pretensões intervencionistas", disse.
Numa breve intervenção televisiva, o chefe de Estado venezuelano sublinhou que desde o início das manifestações naquele país não conseguiu contactar com Muammar Kadhafi e optou por manter um "prudente silêncio" devido "à desinformação sobre o que acontecia".
"Eu não posso dizer que apoio, que estou a favor ou aplaudo qualquer decisão que tome qualquer amigo meu em qualquer parte do mundo, não, (porque) estou à distância (...) Queremos paz no mundo e temos que opor-nos a pretensões intervencionistas", disse.
Por outro lado, Chávez disse lamentar "a manipulação mediática de alguns meios de comunicação no mundo" e acusou a imprensa de "condenar de imediato a Líbia".
"Ficam calados com o bombardeio e os massacres no Iraque e no Afeganistão, não têm moral então para condenar ninguém", sublinhou.
Hugo Chávez insistiu na necessidade de a Líbia encontrar a paz e vencer as tentativas de desestabilização.
"Desde aqui, com este coração por (Muammar) Kadhafi, pela Líbia, uma oração pela paz e oxalá consigam, como nós, que tivemos golpes, guerras civis e intervencionismos, conseguimos", disse.
"Ainda não se verifica uma crise humanitária
mas a situção é imprevísivel" na Líbia - ACNUR
Pedro Rosa Mendes e Tiago Petinga, da Agência Lusa
Saloun, Líbia, 26 fev (Lusa) - Responsáveis do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados na fronteira entre a Líbia e o Egito disseram hoje à Lusa que "ainda não se verifica uma crise humanitária", mas a situação é "imprevisível".
"Temos de estar preparados para tudo porque não sabemos o que está do outro lado e o líder da Líbia é imprevisível", disse um responsável regional do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), que acrescentou que neste momento "a situação é de crise, mas ainda não há uma crise humanitária".
O mesmo responsável compara a situação na fronteira entre a Líbia e o Egito com a mesma circunstância que se verificou em abril de 2003, na altura da intervenção militar norte-americana no Iraque.
Na altura, foi preciso assegurar, na Jordânia, os meios de acolhimento a refugiados, apesar de, nas primeiras semanas do conflito, não se ter verificado a esperada vaga de refugiados.
"Pode acontecer uma situação semelhante à do Iraque em 2003 em que foi preciso preparar o acolhimento que, no entanto, não se verificou no primeiro momento", disse o mesmo responsável das Nações Unidas, que acrescentou ter sido hoje contactado por António Guterres, o alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados, e que pediu informações sobre a situação humanitária.
Uma outra coordenadora do ACNUR explicou à Lusa que esta fronteira está a ser utilizada, sobretudo por trabalhadores emigrantes que procuram abandonar a Líbia através do Egito.
"Nos últimos dias abandonaram a Líbia, nesta fronteira, 1.600 egípcios, 1.200 iraquianos e 1.300 imigrantes de outras nacionalidades, sendo muitos do Bangladesh e da Tailândia".
O número de civis líbios que abandonam o país é, na mesma fronteira, inferior ao número de estrangeiros que já saíram do país, naquela zona.
Sybded Baharul Islan, um cidadão do Bangladesh que cruzava hoje a fronteira, disse à Lusa que nas últimas 24 horas os 500 trabalhadores estrangeiros de uma fábrica de automóveis em Musahad, a cerca de 120 quilómetros de Saloun, "fugiram" e estão a ser acolhidos pelas Forças Armadas do Egito, que fornecem alimentos, cobertores e ajuda médica.
As pessoas que saem da Líbia são recebidas no interior do edifício da alfândega, no lado egípcio, e no exterior está a ser montado um hospital de campanha, assim como tendas para acolhimento aos refugiados.
No lado líbio não são visíveis forças policiais, mas a fronteira é controlada por soldados que aparentam ser regulares, mas sobretudo por milícias populares armadas.
No entanto, a situação é ordeira, e os agentes humanitários indicaram que não há combates nas imediações de Saloun, que fica a 120 quilómetros da cidade de Musahad, junto ao Mediterrâneo, na estrada que conduz a Tobruk.
Avião C-130 italiano impedido de aterrar em Amal
VM – LUSA
Roma, 26 fev (Lusa) - Um avião C-130 da Força Aérea italiana que pretendia retirar cerca de 20 italianos do sul da Líbia não conseguiu hoje autorização para aterrar em Amal, de acordo com fontes do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Segundo as mesmas fontes, citadas pela EFE, o avião tinha partido esta manhã do aeroporto de Pisa, centro de Itália, e pretendia repatriar um grupo de cerca de 20 italianos, trabalhadores da empresa Bonatti, que dá apoio ao setor da produção energética.
Segundo explicou na sexta-feira o ministro da Defesa italiano, Ignazio La Russa, estes italianos já estão sem comida.
Entretanto, o navio San Giorgio, da Marinha italiana, que transporta também oito cidadãos portugueses, saiu na sexta-feira do porto de Misurata e deve chegar no domingo ao porto de Catania, na Sicília.
No navio viajam 245 pessoas, das quais 121 são italianos e as restantes de várias nacionalidades.
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Pedro Rosa Mendes e Tiago Petinga, da Agência Lusa
Saloun, Líbia, 26 fev (Lusa) - Responsáveis do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados na fronteira entre a Líbia e o Egito disseram hoje à Lusa que "ainda não se verifica uma crise humanitária", mas a situação é "imprevisível".
"Temos de estar preparados para tudo porque não sabemos o que está do outro lado e o líder da Líbia é imprevisível", disse um responsável regional do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), que acrescentou que neste momento "a situação é de crise, mas ainda não há uma crise humanitária".
O mesmo responsável compara a situação na fronteira entre a Líbia e o Egito com a mesma circunstância que se verificou em abril de 2003, na altura da intervenção militar norte-americana no Iraque.
Na altura, foi preciso assegurar, na Jordânia, os meios de acolhimento a refugiados, apesar de, nas primeiras semanas do conflito, não se ter verificado a esperada vaga de refugiados.
"Pode acontecer uma situação semelhante à do Iraque em 2003 em que foi preciso preparar o acolhimento que, no entanto, não se verificou no primeiro momento", disse o mesmo responsável das Nações Unidas, que acrescentou ter sido hoje contactado por António Guterres, o alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados, e que pediu informações sobre a situação humanitária.
Uma outra coordenadora do ACNUR explicou à Lusa que esta fronteira está a ser utilizada, sobretudo por trabalhadores emigrantes que procuram abandonar a Líbia através do Egito.
"Nos últimos dias abandonaram a Líbia, nesta fronteira, 1.600 egípcios, 1.200 iraquianos e 1.300 imigrantes de outras nacionalidades, sendo muitos do Bangladesh e da Tailândia".
O número de civis líbios que abandonam o país é, na mesma fronteira, inferior ao número de estrangeiros que já saíram do país, naquela zona.
Sybded Baharul Islan, um cidadão do Bangladesh que cruzava hoje a fronteira, disse à Lusa que nas últimas 24 horas os 500 trabalhadores estrangeiros de uma fábrica de automóveis em Musahad, a cerca de 120 quilómetros de Saloun, "fugiram" e estão a ser acolhidos pelas Forças Armadas do Egito, que fornecem alimentos, cobertores e ajuda médica.
As pessoas que saem da Líbia são recebidas no interior do edifício da alfândega, no lado egípcio, e no exterior está a ser montado um hospital de campanha, assim como tendas para acolhimento aos refugiados.
No lado líbio não são visíveis forças policiais, mas a fronteira é controlada por soldados que aparentam ser regulares, mas sobretudo por milícias populares armadas.
No entanto, a situação é ordeira, e os agentes humanitários indicaram que não há combates nas imediações de Saloun, que fica a 120 quilómetros da cidade de Musahad, junto ao Mediterrâneo, na estrada que conduz a Tobruk.
Avião C-130 italiano impedido de aterrar em Amal
VM – LUSA
Roma, 26 fev (Lusa) - Um avião C-130 da Força Aérea italiana que pretendia retirar cerca de 20 italianos do sul da Líbia não conseguiu hoje autorização para aterrar em Amal, de acordo com fontes do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Segundo as mesmas fontes, citadas pela EFE, o avião tinha partido esta manhã do aeroporto de Pisa, centro de Itália, e pretendia repatriar um grupo de cerca de 20 italianos, trabalhadores da empresa Bonatti, que dá apoio ao setor da produção energética.
Segundo explicou na sexta-feira o ministro da Defesa italiano, Ignazio La Russa, estes italianos já estão sem comida.
Entretanto, o navio San Giorgio, da Marinha italiana, que transporta também oito cidadãos portugueses, saiu na sexta-feira do porto de Misurata e deve chegar no domingo ao porto de Catania, na Sicília.
No navio viajam 245 pessoas, das quais 121 são italianos e as restantes de várias nacionalidades.
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