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Correio do Brasil, com agências internacionais - de Trípoli e Caracas
Vários militares líbios desertaram e passaram a apoiar os manifestantes da oposição
O líder líbio Muammar Gaddafi afirmou na TV estatal, dirigindo-se a milhares de partidários em Trípoli, que a população precisa proteger o país e suas instalações petrolíferas. Ele preferiu não falar sobre a decisão de dois de seus sete filhos de integrar a marcha dos manifestantes a Trípoli, nem a presença de uma de suas esposas e quatro filhas em uma ilha na costa da Venezuela, como informa nesta sexta-feira o diário venezuelano El Universal. Ainda assim, em seu discurso na TV, Gaddafi acrescentou:
– Estamos prontos para triunfar sobre o inimigo.
Ao menos cinco pessoas morreram em Trípoli quando forças de segurança abriram fogo nesta sexta-feira contra manifestantes contrários ao governo no distrito de Janzour, no oeste da cidade, disse um morador local. A fonte, que não quis ser identificada, também afirmou que opositores do líder líbio estavam gritando slogans contra ele no distrito de Fashloum, no leste da capital.
– As forças de Gaddafi estão atirando contra os manifestantes em Janzour… Acredita-se que entre 5 e 7 manifestantes foram mortos em protestos em Janzour há cerca de 15 minutos – disse o morador. Suas informações não puderam ser imediatamente confirmadas.
A violência ocorreu depois que manifestantes contrários a Gaddafi assumiram o controle de diversas cidades próximas a Trípoli, após uma rebelião centralizada na cidade de Benghazi, que retirou grande parte do leste da Líbia do controle de Gaddafi. Conflitos eclodiram em áreas próximas de Trípoli nas últimas 24 horas, mas os confrontos desta sexta-feira foram os primeiros protestos contra Gaddafi na capital desde 22 de fevereiro.
Em Trípoli, centenas de manifestantes na mesquita de Slatnah, no distrito de Janzour, em Shargia, estavam gritando slogans contra Gaddafi, como: “Com nossas almas, com nosso sangue protegemos Benghazi!”, segundo moradores. Outro morador de Trípoli disse a um correspondente da agência inglesa de notícias Reuters, que está em Benghazi, que franco-atiradores na capital líbia estavam matando pessoas.
O empresário Ali, que não quis dar seu nome completo, declarou por telefone à agência que ele estava perto de uma mesquita em uma rua que leva à praça Verde, central. Uma multidão estava reunida em frente à mesquita.
– Eles acabaram de começar a atirar contra as pessoas. Pessoas estão sendo mortas por franco-atiradores, mas não sei quantos estão mortos – disse.
Dois moradores de Benghazi disseram à Reuters que haviam falado com seus amigos em Trípoli por telefone depois das orações do meio-dia. Os amigos disseram que pessoas realizaram protestos em frente às mesquitas em toda a cidade depois das orações e pretendiam se reunir na praça Verde. Mohammad, de 42 anos, em Benghazi, disse que moradores de Trípoli acreditavam que se os manifestantes conseguissem se concentrar na praça Verde “seria o fim do regime”.
Protestos de massa nos centros de cidades prenunciaram a queda de líderes autocráticos na Tunísia e no Egito no começo deste ano.
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Vários militares líbios desertaram e passaram a apoiar os manifestantes da oposição
O líder líbio Muammar Gaddafi afirmou na TV estatal, dirigindo-se a milhares de partidários em Trípoli, que a população precisa proteger o país e suas instalações petrolíferas. Ele preferiu não falar sobre a decisão de dois de seus sete filhos de integrar a marcha dos manifestantes a Trípoli, nem a presença de uma de suas esposas e quatro filhas em uma ilha na costa da Venezuela, como informa nesta sexta-feira o diário venezuelano El Universal. Ainda assim, em seu discurso na TV, Gaddafi acrescentou:
– Estamos prontos para triunfar sobre o inimigo.
Ao menos cinco pessoas morreram em Trípoli quando forças de segurança abriram fogo nesta sexta-feira contra manifestantes contrários ao governo no distrito de Janzour, no oeste da cidade, disse um morador local. A fonte, que não quis ser identificada, também afirmou que opositores do líder líbio estavam gritando slogans contra ele no distrito de Fashloum, no leste da capital.
– As forças de Gaddafi estão atirando contra os manifestantes em Janzour… Acredita-se que entre 5 e 7 manifestantes foram mortos em protestos em Janzour há cerca de 15 minutos – disse o morador. Suas informações não puderam ser imediatamente confirmadas.
A violência ocorreu depois que manifestantes contrários a Gaddafi assumiram o controle de diversas cidades próximas a Trípoli, após uma rebelião centralizada na cidade de Benghazi, que retirou grande parte do leste da Líbia do controle de Gaddafi. Conflitos eclodiram em áreas próximas de Trípoli nas últimas 24 horas, mas os confrontos desta sexta-feira foram os primeiros protestos contra Gaddafi na capital desde 22 de fevereiro.
Em Trípoli, centenas de manifestantes na mesquita de Slatnah, no distrito de Janzour, em Shargia, estavam gritando slogans contra Gaddafi, como: “Com nossas almas, com nosso sangue protegemos Benghazi!”, segundo moradores. Outro morador de Trípoli disse a um correspondente da agência inglesa de notícias Reuters, que está em Benghazi, que franco-atiradores na capital líbia estavam matando pessoas.
O empresário Ali, que não quis dar seu nome completo, declarou por telefone à agência que ele estava perto de uma mesquita em uma rua que leva à praça Verde, central. Uma multidão estava reunida em frente à mesquita.
– Eles acabaram de começar a atirar contra as pessoas. Pessoas estão sendo mortas por franco-atiradores, mas não sei quantos estão mortos – disse.
Dois moradores de Benghazi disseram à Reuters que haviam falado com seus amigos em Trípoli por telefone depois das orações do meio-dia. Os amigos disseram que pessoas realizaram protestos em frente às mesquitas em toda a cidade depois das orações e pretendiam se reunir na praça Verde. Mohammad, de 42 anos, em Benghazi, disse que moradores de Trípoli acreditavam que se os manifestantes conseguissem se concentrar na praça Verde “seria o fim do regime”.
Protestos de massa nos centros de cidades prenunciaram a queda de líderes autocráticos na Tunísia e no Egito no começo deste ano.
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