JORNAL DE NOTÍCIAS – 10 março 2011
O Parlamento discute, esta quinta-feira, a moção de censura ao Governo apresentada pelo Bloco de Esquerda, uma iniciativa que, apesar do chumbo garantido, o partido acredita que contribuirá "para clarificar a situação política" de Portugal.
Com os votos contra do PS, a abstenção do PSD e CDS-PP e os votos favoráveis do Bloco, PCP e Os Verdes, a moção de censura anunciada há um mês pelo coordenador do BE, Francisco Louçã, tem chumbo garantido, mas os bloquistas destacam o objectivo desta iniciativa.
"A moção pode não conduzir à demissão do Governo, pode não conduzir a um pronunciamento do sufrágio universal dos portugueses, mas conduzirá seguramente a uma clarificação da situação política: quem está com quem", afirmou o deputado do BE Luís Fazenda.
"O PSD respondeu à moção de censura do BE com a declaração extraordinária de que está disponível para medidas adicionais ao Programa de Estabilidade e Crescimento, ou seja, para mais medidas de austeridade", criticou.
Os deputados do Bloco pretendem "censurar as políticas de direita que têm governado [o país] e que só têm agravado a circunstância em que o país se encontra".
Luís Fazenda sublinhou que "é necessário devolver a palavra ao povo".
"Aqueles partidos que se queixam todos os dias da governação e que sustentam a governação é que têm de assumir as suas responsabilidades perante os portugueses", que, acrescentou Fazenda, "terão de olhar para o leque político e perceber realmente quem tem uma política de responsabilidade, quem quer combater os efeitos extraordinariamente gravosos da crise social".
À acusação dos socialistas de que o BE pretende proporcionar um regresso da direita ao poder, o deputado responde com ironia: "O PS já não confia em si próprio e no seu desempenho junto dos portugueses".
Pelo PS, o vice-presidente da bancada parlamentar Sérgio Sousa Pinto critica duramente a iniciativa do BE, que apelida de "exercício inútil" e "episódio caricato da vida parlamentar".
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O Parlamento discute, esta quinta-feira, a moção de censura ao Governo apresentada pelo Bloco de Esquerda, uma iniciativa que, apesar do chumbo garantido, o partido acredita que contribuirá "para clarificar a situação política" de Portugal.
Com os votos contra do PS, a abstenção do PSD e CDS-PP e os votos favoráveis do Bloco, PCP e Os Verdes, a moção de censura anunciada há um mês pelo coordenador do BE, Francisco Louçã, tem chumbo garantido, mas os bloquistas destacam o objectivo desta iniciativa.
"A moção pode não conduzir à demissão do Governo, pode não conduzir a um pronunciamento do sufrágio universal dos portugueses, mas conduzirá seguramente a uma clarificação da situação política: quem está com quem", afirmou o deputado do BE Luís Fazenda.
"O PSD respondeu à moção de censura do BE com a declaração extraordinária de que está disponível para medidas adicionais ao Programa de Estabilidade e Crescimento, ou seja, para mais medidas de austeridade", criticou.
Os deputados do Bloco pretendem "censurar as políticas de direita que têm governado [o país] e que só têm agravado a circunstância em que o país se encontra".
Luís Fazenda sublinhou que "é necessário devolver a palavra ao povo".
"Aqueles partidos que se queixam todos os dias da governação e que sustentam a governação é que têm de assumir as suas responsabilidades perante os portugueses", que, acrescentou Fazenda, "terão de olhar para o leque político e perceber realmente quem tem uma política de responsabilidade, quem quer combater os efeitos extraordinariamente gravosos da crise social".
À acusação dos socialistas de que o BE pretende proporcionar um regresso da direita ao poder, o deputado responde com ironia: "O PS já não confia em si próprio e no seu desempenho junto dos portugueses".
Pelo PS, o vice-presidente da bancada parlamentar Sérgio Sousa Pinto critica duramente a iniciativa do BE, que apelida de "exercício inútil" e "episódio caricato da vida parlamentar".
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