ILÍDIA PINTO – DIÁRIO DE NOTÍCIAS – 11 março 2011
Apesar da crise, em 2010, o 'rei' da cortiça ficou 800 milhões de euros mais rico, enquanto o patrão da Jerónimo Martins viu os seus bens reforçados em 635 milhões, o que lhe deu entrada directa no pódio dos mais ricos em Portugal. Belmiro não ganhou nem perdeu.
São 6,38 mil milhões de euros, o equivalente a quase 3,6% do produto interno bruto nacional. Esta é a soma das fortunas dos três homens mais ricos de Portugal, que cresceram 1,4 mil milhões em 2010, apesar da crise. A Américo Amorim e a Belmiro de Azevedo juntou-se Alexandre Soares dos Santos na lista de multimilionários da Forbes.
O patrão da Jerónimo Martins, Alexandre Soares dos Santos, entrou directamente para a 512.ª posição graças à valorização de mais de 60% da empresa de retalho, detentora da marca Biedronka, na Polónia, sendo o segundo português mais rico, com uma fortuna de 1,650 mil milhões de euros. Em 2010, segundo a revista Exame, esta valia 1,015 mil milhões.
E se 2010 se mostrou particularmente benéfico para a esmagadora maioria dos multimilionários estrangeiros, permitindo à tabela da Forbes bater o recorde no número de listados e no valor global das fortunas, os portugueses também não se podem queixar. Em especial Américo Amorim, que viu a sua fortuna aumentada em cerca de 800 milhões graças à valorização da Galp, onde detém 18,3%, que lhe permitiu subir 12 lugares no ranking da Forbes, com uma fortuna de 3,66 mil milhões de euros. O 200.º lugar que ocupa é partilhado com sete outros multimilionários.
Já o patrão da Sonae, Belmiro de Azevedo, mantém a fortuna avaliada no mesmo montante do ano passado, um pouco acima dos mil milhões de euros, mas cai 178 posições, para 833.º no ranking, lugar que partilha com mais 46 outros detentores de fortunas acima dos mil milhões (condições necessária para aceder à lista dos mais ricos da Forbes).
Sobre cada um dos multimilionários portugueses, a Forbes destaca que Amorim "transformou a pequena unidade de transformação de cortiça, criada pelo seu avô em 1870, no maior produtor mundial do sector, com vendas de 356 milhões de euros" e, embora não esteja já envolvido na gestão do grupo, que hoje tem também investimentos no turismo e no imobiliário, é ainda detentor de 50% do seu capital. A revista dá ainda conta de que a maior parte da fortuna de Amorim advém actualmente dos extensos investimentos que detém em acções, com destaque para a banca e a energia. "Com os dois irmãos, criou um fundo de private equity para tirar partido da crise financeira e adquirir companhias em situação de falência", pode ainda ler-se.
Relativamente a Soares dos Santos, é dito que "detém 20% da Jerónimo Martins, um dos maiores retalhistas portugueses, com receitas de 7,19 mil milhões de euros e cujas origens remontam a uma pequena loja lisboeta aberta em 1792". Quanto a Belmiro, a Forbes refere, erradamente, que é o fundador do grupo Sonae. Na verdade, a Sociedade Nacional de Estratificados foi criada, em 1959, por Afonso Pinto de Magalhães que, em 1982, oferece a Belmiro 16% do capital. Após a sua morte, e a uma longa batalha judicial com a família, Belmiro de Azevedo obtém a maioria do capital.
Apesar da crise, em 2010, o 'rei' da cortiça ficou 800 milhões de euros mais rico, enquanto o patrão da Jerónimo Martins viu os seus bens reforçados em 635 milhões, o que lhe deu entrada directa no pódio dos mais ricos em Portugal. Belmiro não ganhou nem perdeu.
São 6,38 mil milhões de euros, o equivalente a quase 3,6% do produto interno bruto nacional. Esta é a soma das fortunas dos três homens mais ricos de Portugal, que cresceram 1,4 mil milhões em 2010, apesar da crise. A Américo Amorim e a Belmiro de Azevedo juntou-se Alexandre Soares dos Santos na lista de multimilionários da Forbes.
O patrão da Jerónimo Martins, Alexandre Soares dos Santos, entrou directamente para a 512.ª posição graças à valorização de mais de 60% da empresa de retalho, detentora da marca Biedronka, na Polónia, sendo o segundo português mais rico, com uma fortuna de 1,650 mil milhões de euros. Em 2010, segundo a revista Exame, esta valia 1,015 mil milhões.
E se 2010 se mostrou particularmente benéfico para a esmagadora maioria dos multimilionários estrangeiros, permitindo à tabela da Forbes bater o recorde no número de listados e no valor global das fortunas, os portugueses também não se podem queixar. Em especial Américo Amorim, que viu a sua fortuna aumentada em cerca de 800 milhões graças à valorização da Galp, onde detém 18,3%, que lhe permitiu subir 12 lugares no ranking da Forbes, com uma fortuna de 3,66 mil milhões de euros. O 200.º lugar que ocupa é partilhado com sete outros multimilionários.
Já o patrão da Sonae, Belmiro de Azevedo, mantém a fortuna avaliada no mesmo montante do ano passado, um pouco acima dos mil milhões de euros, mas cai 178 posições, para 833.º no ranking, lugar que partilha com mais 46 outros detentores de fortunas acima dos mil milhões (condições necessária para aceder à lista dos mais ricos da Forbes).
Sobre cada um dos multimilionários portugueses, a Forbes destaca que Amorim "transformou a pequena unidade de transformação de cortiça, criada pelo seu avô em 1870, no maior produtor mundial do sector, com vendas de 356 milhões de euros" e, embora não esteja já envolvido na gestão do grupo, que hoje tem também investimentos no turismo e no imobiliário, é ainda detentor de 50% do seu capital. A revista dá ainda conta de que a maior parte da fortuna de Amorim advém actualmente dos extensos investimentos que detém em acções, com destaque para a banca e a energia. "Com os dois irmãos, criou um fundo de private equity para tirar partido da crise financeira e adquirir companhias em situação de falência", pode ainda ler-se.
Relativamente a Soares dos Santos, é dito que "detém 20% da Jerónimo Martins, um dos maiores retalhistas portugueses, com receitas de 7,19 mil milhões de euros e cujas origens remontam a uma pequena loja lisboeta aberta em 1792". Quanto a Belmiro, a Forbes refere, erradamente, que é o fundador do grupo Sonae. Na verdade, a Sociedade Nacional de Estratificados foi criada, em 1959, por Afonso Pinto de Magalhães que, em 1982, oferece a Belmiro 16% do capital. Após a sua morte, e a uma longa batalha judicial com a família, Belmiro de Azevedo obtém a maioria do capital.
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