terça-feira, 5 de abril de 2011

Quando forem gente, pelo menos 70% dos angolanos vão querer ser...

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Kopelipa e o ditador Eduardo dos Santos (FB)

... “Kopelipas”!

ORLANDO CASTRO*, jornalista – ALTO HAMA

A World Wide Capital (WWC), empresa do general angolano Hélder Vieira Dias “Kopelipa” reforçou, embora de forma ligeira, a sua posição como quarto maior accionista do Banco BIG, detendo agora 8,37 por cento da instituição.

Nada de novo, portanto. Seja em relação aos generais do MPLA, ou aos que se venderam ao MPLA, seja quanto aos angolanos, 70 por cento dos quais continuam na miséria.

“Kopelipa”, recorde-se, foi um dos primeiros generais do regime angolano a chegar, juntamente com o ex-general da UNITA e actual Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas Angolanas, Geraldo Sachipengo Nunda, ao local onde Jonas Savimbi foi morto em combate.

No dia 29 de Abril de 2010 era apresentado, em Luanda, com pompa e circunstância um plano de emergência para pagamento das dívidas do governo angolano às empresas nacionais e estrangeiras.

A apresentação foi feita por Carlos Feijó, ministro de Estado e Chefe da Casa Civil da Presidência, ladeado por outros dois ministros de Estado, Hélder Vieira Dias “Kopelipa”, Chefe da Casa Militar, e Manuel Numes Júnior, Coordenador da Área Económica.

De acordo com a Global Witness, os registos da Sociedade de Hidrocarbonetos de Angola (SHA), publicados no Diário da República, nomeiam Manuel Domingos Vicente, nome do presidente da Sonangol, como um dos accionistas da SHA em Agosto de 2008, bem como Manuel Vieira Hélder Dias Júnior "Kopelipa", chefe da Casa Militar do Presidente José Eduardo dos Santos.

O general “Kopelipa”, como bom investidor e cidadão preocupado com o futuro dos angolanos, até pagou um milhão de euros por duas quintas no Douro português para produzir e exportar vinho.

O Independente foi, no início de 2008, um jornal estrategicamente renascido das cinzas em Angola, ligado a Fernando Manuel, outrora membro da DISA (a polícia do Estado), depois SINFO e ex-vice-ministro da Segurança do Estado, e que apareceu como um instrumento de desacreditação da imprensa privada que se atreva a não tocar pelo mesmo diapasão que o do regime.

A prová-lo ficou a notícia da sua primeira edição, depois de ressurgido, sobre o director do jornal angolano, este sim independente, Folha 8. A notícia tinha como título “William Tonet envolvido em burlas, corrupção e mais… Folha 8 lança-se ao cabritismo a troco de silenciar intrigas e difamação.”

A notícia com a qual se abria o referido jornal, mais do que informar era um ataque pernicioso e pessoal ao director e proprietário de um dos jornais de referência da imprensa independente angolana. Talvez o que mais se insurge contra o regime antidemocrático e absolutista do presidente José Eduardo dos Santos.

William Tonet era então acusado de, no desrespeito da deontologia profissional, se fazer passar por mero advogado no julgamento do General Miala, considerando-o “um bajulador de consciências a troco de alguns dólares que visavam tão-somente a absolvição dos réus e comprometer a justiça em Angola”.

Todavia, a absolvição de um réu cuja inocência é manifesta deveria orgulhar a magistratura de Angola e não a comprometer. Num Estado de Direito, mais vale uma justiça que tarda do que uma que não aparece.

De seguida, o mesmo jornal referia que o director do jornal Folha 8 terá burlado o então comandante-geral da Polícia Nacional, Alfredo Ekuikui, tendo recebido deste importantes somas de dinheiro para executar obras no centro de órfãos no Nzonge (localidade do Guenge/Kikuxe), sem que cumprisse “a troco de silenciar intrigas e difamação que envolviam o próprio comandante-geral na época.

O mesmo comandante teria oferecido, ainda, “uma viatura de Toyota Land-Cruiser VX GXR, que se destinava a um dos seus comandantes provinciais, cujo nome a nossa fonte não revelou”.

O mesmo jornal continuava dizendo que na mesma altura, William Tonet “conseguiu manipular o comandante, ludibriando tudo e todos, e foi-lhe entregue, de igual modo, um valor avaliado em 4.000.000.00 de dólares, que se destinava à construção da pousada da Polícia Nacional na localidade do Mussulo, município da Samba”.

No entanto, não apresentou nenhuma prova, nem documental nem de qualquer outra natureza, muito menos foi conhecida qualquer queixa apresentada por incumprimento contratual ou burla.

O jornal Independente foi mais longe ao afirmar que “com esse dinheiro, segundo pessoas próximas do visado, o mesmo efectuou uma viagem à República Federativa do Brasil, com vista a prosseguir com o tratamento do VIH/SIDA de que padece há mais de cinco anos e perspectiva a implantação naquele país da América do Sul, a criação de um jornal on-line que tem como principal objectivo denegrir a postura e os esforços do executivo angolano”.

Para cumprir com o macabro desiderato, William Tonet, “conta com uma equipa de jornalistas nacionais e estrangeiros que no presente momento têm redigido os principais artigos detractores à política governamental do País”.

Quanto a ser portador de tal doença, o panfletário texto do referido jornal juntava-se ao rol de outros tantos no mesmo sentido, porém tinha a particularidade de ser mais ameno em relação a outros boatos que apontavam ser Tonet seropositivo há 20 anos. Agente da CIA, agente do Savimbismo, rebelde da UNITA, filho de Holden Roberto e cérebro da FNLA, instigador do PRS, partido da Lunda–Norte (terra natal do seu pai), agente do imperialismo internacional, etc.

Perante a impossibilidade de desmentirem as informações que o F8 veiculava, logo a calúnia foi (e continua a ser) o último reduto dos algozes do Futungo.

A terminar, o semanário tido como Independente, afirmava também que, de acordo com uma das suas fontes, o jornalista “terá proposto ao general Kopelipa, Chefe da Casa Militar da Presidência da República e director do GRN, por intermédio de um emissário, para a lavagem da sua imagem, valores extremamente exorbitantes na ordem dos 100.000 dólares anuais, facto que esta figura militar rejeitou categoricamente, ponderando inclusive a denúncia pública do facto”.

Facto é que testemunhos quer do general, quer do suposto intermediário ou qualquer processo pelos factos afirmados, deles nunca se ouviu falar nem nunca por ninguém foram vistos.

Além de que, convenhamos, a imagem do general Kopelipa precisava de muito mais do que 8.300.00 dólares/mês para ser limpa. E se isso fosse verdade, por alma de quem o general, que vem sendo denunciado pelo F8, pela forma como desbarata o erário público e extrapola as sua competências, não aproveitaria a oportunidade de denunciar o homem que lhe quer extorquir dinheiro?

Mas esta menção levantava a seguinte questão: estaria o general “Kopelipa” e os seus cães de caça por detrás da carta anónima então enviada a William Tonet?

Se na política não há coincidência, como acreditar que numa semana aparecesse a carta e na outra ressurgisse das cinzas um jornal da Segurança de Estado, todo impresso a cores, para atacar William, Samakuva e Miala e apresentar "Kopelipa" e Kwata Kanawa como os bons da fita?

*Orlando Castro, jornalista angolano-português - O poder das ideias acima das ideias de poder, porque não se é Jornalista (digo eu) seis ou sete horas por dia a uns tantos euros por mês, mas sim 24 horas por dia, mesmo estando (des)empregado.


3 comentários:

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